São Paulo, segunda-feira, 13 de março de 2006

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AMÉRICA DO SUL

Primeiros resultados indicam vitória de aliados do presidente Uribe

Colômbia elege Congresso sob forte esquema de segurança

DA REDAÇÃO

A Colômbia foi às urnas ontem para escolher seu novo Congresso, cujo controle é disputado pela coalizão governista e pela oposição, encabeçada pelo tradicional Partido Liberal e pelo esquerdista Pólo Democrático. A votação foi precedida por uma escalada de ataques das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Para assegurar a segurança, o governo colombiano mobilizou cerca de 165 mil militares.
Segundo os primeiros resultados ontem à noite, os dois partidos que apóiam o presidente Álvaro Uribe, La U e Conservador, foram os mais votados, enquanto os liberais perdiam sua histórica maioria relativa no Congresso.
De acordo com as cifras oficiais, 26 milhões de colombianos estão aptos a votar, mas analistas calculam que o comparecimento deve ficar em torno dos 10 milhões.
Os dois principais partidos da oposição também escolheram, numa votação paralela, os candidatos que tentarão evitar a reeleição de Uribe, em maio. As primeiras parciais davam a vitória ao jurista Carlos Gaviria, no Pólo Democrático, e ao ex-ministro Horacio Serpa, na prévia liberal.
As Farc iniciaram há três semanas uma onda de ações violentas como forma de inibir as eleições de hoje, com um saldo de 35 mortos, entre os quais oito vereadores. Por outro lado, vários candidatos ao Parlamento são acusados de ligação com as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia), grupo paramilitar de direita vinculada ao narcotráfico.
Após votar ontem de manhã, o presidente Uribe exortou os colombianos a fazerem o mesmo como resposta às ações violentas. Segundo ele, graças a seu programa de segurança, "os candidatos puderam visitar lugares que antes estavam vetados pelas ações dos [grupos] violentos. Esse é o meu grande orgulho", disse.
Apesar da relativa tranqüilidade ontem, em Bogotá, dois ônibus do transporte público foram incendiados por explosivos, mas sem vítimas. Em Yarumal, no Departamento de Antioquia, as Farc queimaram urnas e cédulas.


Com agências internacionais

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