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AMÉRICA DO SUL
Primeiros resultados indicam vitória de aliados do presidente Uribe
Colômbia elege Congresso sob forte esquema de segurança
DA REDAÇÃO
A Colômbia foi às urnas ontem
para escolher seu novo Congresso, cujo controle é disputado pela
coalizão governista e pela oposição, encabeçada pelo tradicional
Partido Liberal e pelo esquerdista
Pólo Democrático. A votação foi
precedida por uma escalada de
ataques das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Para assegurar a segurança,
o governo colombiano mobilizou
cerca de 165 mil militares.
Segundo os primeiros resultados ontem à noite, os dois partidos que apóiam o presidente Álvaro Uribe, La U e Conservador,
foram os mais votados, enquanto
os liberais perdiam sua histórica
maioria relativa no Congresso.
De acordo com as cifras oficiais,
26 milhões de colombianos estão
aptos a votar, mas analistas calculam que o comparecimento deve
ficar em torno dos 10 milhões.
Os dois principais partidos da
oposição também escolheram,
numa votação paralela, os candidatos que tentarão evitar a reeleição de Uribe, em maio. As primeiras parciais davam a vitória ao jurista Carlos Gaviria, no Pólo Democrático, e ao ex-ministro Horacio Serpa, na prévia liberal.
As Farc iniciaram há três semanas uma onda de ações violentas
como forma de inibir as eleições
de hoje, com um saldo de 35 mortos, entre os quais oito vereadores. Por outro lado, vários candidatos ao Parlamento são acusados de ligação com as AUC (Autodefesas Unidas da Colômbia),
grupo paramilitar de direita vinculada ao narcotráfico.
Após votar ontem de manhã, o
presidente Uribe exortou os colombianos a fazerem o mesmo
como resposta às ações violentas.
Segundo ele, graças a seu programa de segurança, "os candidatos
puderam visitar lugares que antes
estavam vetados pelas ações dos
[grupos] violentos. Esse é o meu
grande orgulho", disse.
Apesar da relativa tranqüilidade
ontem, em Bogotá, dois ônibus do
transporte público foram incendiados por explosivos, mas sem
vítimas. Em Yarumal, no Departamento de Antioquia, as Farc
queimaram urnas e cédulas.
Com agências internacionais
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