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Obama cogita enviar tropas da Guarda Nacional para fronteira com o México
DO "FINANCIAL TIMES"
Barack Obama estuda a hipótese de enviar tropas da Guarda
Nacional à fronteira com o México, em meio à preocupação
crescente nos EUA com a luta
cada vez mais violenta travada
pelo México com cartéis de
narcotráfico na região da fronteira entre os dois países.
Na semana passada Obama
discutiu as implicações militares dos combates com Mike
Mullen, presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA.
"Vamos estudar se faria sentido enviar a Guarda Nacional à
região, e sob que circunstâncias
isso faria sentido", disse Obama
anteontem em entrevista a jornais americanos. Mas acrescentou: "Não estou interessado
em militarizar a fronteira".
Ontem, o assunto voltou à
pauta. O porta-voz da Casa
Branca, Robert Gibbs, reiterou
que a questão não será resolvida a longo prazo "por meio da
militarização da fronteira".
Ele disse que há requisições
pontuais de Estados limítrofes
(como Texas e Arizona) do envio da Guarda Nacional e disse
que serão avaliadas por Obama
e Janet Napolitano, secretária
de Segurança Interna.
Quase 6.000 pessoas no México morreram em incidentes
de violência relacionados a drogas em 2008 -as mortes em
Ciudad Juárez (do outro lado
da fronteira em relação a El Paso, Texas) representam um
quarto desse total.
Recentemente o Departamento de Estado e organizações privadas divulgaram avisos sobre viagens ao México, e
políticos vêm intensificando
pleitos por uma resposta mais
contundente do governo.
No final do ano passado o Comando das Forças Conjuntas
dos EUA divulgou um relatório
em que o México é classificado,
ao lado do Paquistão, como Estado que pode sofrer um "colapso repentino e rápido". Os
EUA consomem 90% das drogas que passam pelo México,
rota do tráfico de cocaína e maconha vindas da Colômbia.
Segundo o relatório americano, o governo e a infraestrutura
policial e judiciária mexicanos
vivem sob pressão de quadrilhas criminosas e cartéis do tráfico. "Qualquer mergulho do
México no caos exigiria uma
resposta americana, mesmo
que fosse apenas devido às implicações graves que isso teria
para a segurança dos EUA."
Nesta semana, o vice-presidente, Joe Biden, destacou a
ameaça representada pelos traficantes na região da fronteira
sudoeste ao anunciar a nomeação de Gil Kerlikowske como
"czar" antidrogas dos EUA.
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