São Paulo, domingo, 13 de março de 2011

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Migrações da Líbia preocupam Tunísia

País vira destino para milhares de refugiados

SAMY ADGHIRNI
ENVIADO ESPECIAL A TÚNIS

A pequena Tunísia ainda se recuperava da revolução que derrubou o ditador Zine El Abidine Ben Ali quando foi atingida de surpresa por uma crise migratória.
Mais da metade dos 250 mil estrangeiros que deixaram a Líbia foram para a Tunísia, encontrando um país governado por regime de transição e fragilizado pela revolução.
O Exército montou instalações para atender refugiados nos dois principais postos de fronteira com a Líbia -Ras Jedir, perto do litoral, e Dehiba, no deserto do Saara.
O fator fundamental para a manutenção do campo é a generosidade da população local. Cidadãos tunisianos se mobilizaram com a chegada dos primeiros refugiados.
Carros, vans e caminhões com alimentos, cobertores e remédios tomaram as estradas, exibindo bandeiras da Tunísia. Nas cidades do sul os depósitos de doações estão quase saturados.
Os esforços foram elogiados por EUA, Europa e ONU. Um coronel tunisiano, porém, disparou contra a comunidade internacional, resumindo sentimento geral. "A ONU deu barracas, mas tudo o que há dentro vem dos tunisianos. Não precisamos de elogios, mas de mais dinheiro para para fretar voos e repatriar esses migrantes."


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