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Apuração alemã cita "sadismo" contra crianças
DA REUTERS
Crianças alemãs foram
"atormentadas de forma
sádica e abusadas sexualmente" em um monastério católico na Bavária, região natal do papa, segundo relatório entregue ontem à Arquidiocese de
Munique.
O relatório de 173 páginas foi feito pelo advogado
Thomas Pfister, que está
investigando as denúncias
de pedofilia em uma escola católica em Ettal e que
disse ter documentado
que, "por décadas, até ao
redor de 1990, crianças e
adolescentes foram brutalmente abusadas" lá.
Em relatório preliminar, em março, Pfister falava em centenas de alunos agredidos e alguns vítimas de abusos sexuais.
Um porta-voz da arquidiocese diz que comentará o
relatório em uma entrevista coletiva hoje.
A Alemanha é um dos
países mais atingidos pelas denúncias de pedofilia
que recaíram sobre a Igreja Católica nos últimos
meses. Em março, a igreja
alemã reconheceu os "graves erros" cometidos pela
Arquidiocese de Munique
quando era liderada pelo
atual papa Bento 16, entre
1977 e 1982.
Na época, um padre acusado de ter molestado garotos pôde voltar à vida
eclesiástica após ter sido
submetido a terapia
-prescrita pela arquidiocese. De volta à ativa, o padre repetiu a prática de
abusos até ser levado à
Justiça.
E um coral comandado
durante 30 anos pelo irmão do papa, Georg Ratzinger, também é alvo de
ao menos duas denúncias
de abusos. Ratzinger disse
que os abusos ocorreram
antes de ele assumir o cargo no coral, mas admitiu
ter batido em garotos e pediu desculpas.
Pesquisa publicada ontem aponta que 25% dos
católicos alemães consideram a hipótese de abandonar a igreja por conta dos
escândalos de pedofilia.
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