São Paulo, terça-feira, 13 de abril de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Apuração alemã cita "sadismo" contra crianças

DA REUTERS

Crianças alemãs foram "atormentadas de forma sádica e abusadas sexualmente" em um monastério católico na Bavária, região natal do papa, segundo relatório entregue ontem à Arquidiocese de Munique.
O relatório de 173 páginas foi feito pelo advogado Thomas Pfister, que está investigando as denúncias de pedofilia em uma escola católica em Ettal e que disse ter documentado que, "por décadas, até ao redor de 1990, crianças e adolescentes foram brutalmente abusadas" lá.
Em relatório preliminar, em março, Pfister falava em centenas de alunos agredidos e alguns vítimas de abusos sexuais. Um porta-voz da arquidiocese diz que comentará o relatório em uma entrevista coletiva hoje.
A Alemanha é um dos países mais atingidos pelas denúncias de pedofilia que recaíram sobre a Igreja Católica nos últimos meses. Em março, a igreja alemã reconheceu os "graves erros" cometidos pela Arquidiocese de Munique quando era liderada pelo atual papa Bento 16, entre 1977 e 1982.
Na época, um padre acusado de ter molestado garotos pôde voltar à vida eclesiástica após ter sido submetido a terapia -prescrita pela arquidiocese. De volta à ativa, o padre repetiu a prática de abusos até ser levado à Justiça.
E um coral comandado durante 30 anos pelo irmão do papa, Georg Ratzinger, também é alvo de ao menos duas denúncias de abusos. Ratzinger disse que os abusos ocorreram antes de ele assumir o cargo no coral, mas admitiu ter batido em garotos e pediu desculpas.
Pesquisa publicada ontem aponta que 25% dos católicos alemães consideram a hipótese de abandonar a igreja por conta dos escândalos de pedofilia.


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Venezuela: Chávez lança "Guerrilha da Comunicação" para combater as "mentiras" da imprensa
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.