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SAÚDE
Mais de 5 milhões de pessoas tiveram morte violenta em todo o mundo em 2000, indica pesquisa divulgada ontem
Acidente de trânsito mata mais que guerra, diz OMS
DA REDAÇÃO
Acidentes de trânsito matam o
quádruplo do que guerras e conflitos, e muito mais pessoas se suicidam do que são assassinadas,
aponta levantamento mundial da
Organização Mundial da Saúde
(OMS) sobre dados do ano 2000,
divulgado ontem.
Segundo o estudo do órgão da
ONU, quase 90% das mortes violentas, acidentais ou intencionais,
ocorreram em países pobres. Ao
todo, mais de 5 milhões de pessoas morreram por causas violentas, o que representa 10% das
mortes ocorridas naquele ano.
Acidentes de trânsito são a
maior causa de mortes violentas,
com 1,26 milhão de vítimas fatais.
Em segundo, aparece o suicídio,
com 815 mil mortes, seguido por
assassinato, com 520 mil mortes.
Mortes causadas por guerras e
conflitos aparecem num distante
sexto lugar, com 310 mil casos.
Para a OMS, as mortes violentas
provocam um alto custo social e
precisam ser prevenidas, embora
seja impossível evitá-las.
"A morte e a deficiência física
têm sérias implicações para as vítimas, suas famílias e outros dependentes: redução da qualidade de vida, sofrimento e pobreza. Em
termos econômicos, os custos
com cirurgia, internamento prolongado e longa reabilitação das
vítimas representam dezenas de
bilhões de dólares todos os anos",
disse Gro Harlem Brundtland, diretora-geral da OMS.
Variáveis
A pesquisa afirma que idade, gênero, região geográfica e renda
são variáveis importantes na distribuição e na incidência de mortes violentas.
O levantamento mostra que o
número de mortes violentas entre
os homens é o dobro do número
de mortes desse tipo na população feminina. Em acidentes de
trânsito e assassinatos, a chance
de os homens serem as vítimas é o
triplo da chance das mulheres.
O homens africanos são o grupo
com a maior chance de sofrer
morte violenta. Já as mulheres das
Américas têm o menor risco de
perder a vida violentamente.
Na população de crianças com
idades entre 5 e 14 anos, os acidentes de trânsito representam a
segunda maior causa de morte,
atrás apenas de sarampo e outras
doenças que incidem sobretudo
na população infantil.
Segundo Etienne Krug, que
coordenou a pesquisa, as mortes
mortes por acidentes de trânsito
são fáceis de prevenir, mas diminuir os índices de homicídio e suicídio é mais complexo.
Com agências internacionais
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