São Paulo, sexta-feira, 13 de maio de 2005

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RELIGIÃO

Para analistas, China é principal alvo de Bento 16

Papa diz que quer estreitar laços com países distantes do Vaticano

DA REDAÇÃO

Em sua primeira audiência com o corpo diplomático do Vaticano, o papa Bento 16 manifestou ontem o desejo de se aproximar dos países que ainda não mantêm relações diplomáticas com a Santa Sé. Embora não tenha citado nominalmente nenhum país, embaixadores e membros da diplomacia da igreja disseram que foi uma clara referência à China, e possivelmente também à Arábia Saudita e ao Vietnã.
Falando aos diplomatas das 174 nações representadas no Vaticano, o papa disse ter apreciado o fato de alguns desses países terem enviado condolências pela morte de João Paulo 2º. "Quero expressar minha gratidão às autoridades civis desses países, e o desejo de vê-los em breve representados na Sé Apostólica", disse.
O Vaticano é o único país europeu que mantém relações diplomáticas oficiais com Taiwan, que é considerada uma "Província rebelde" pelo governo comunista chinês. A China exige o rompimento dessas relações como condição para estabelecer laços oficiais com a Santa Sé.
O cardeal Pio Laghi, responsável pela gestão de crises da diplomacia do Vaticano, disse a uma TV católica que a fala do papa "parece ser um convite, expressa certa abertura para solucionar conflitos por meio do diálogo".
Apesar do tom conciliador, o discurso do papa também mencionou algumas condições para uma aproximação. "A igreja não cessará de proclamar e defender os direitos humanos, que desgraçadamente ainda são violados em diferentes partes da Terra."


Com agências internacionais

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