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RELIGIÃO
Para analistas, China é principal alvo de Bento 16
Papa diz que quer estreitar laços com países distantes do Vaticano
DA REDAÇÃO
Em sua primeira audiência com
o corpo diplomático do Vaticano,
o papa Bento 16 manifestou ontem o desejo de se aproximar dos
países que ainda não mantêm relações diplomáticas com a Santa
Sé. Embora não tenha citado nominalmente nenhum país, embaixadores e membros da diplomacia da igreja disseram que foi
uma clara referência à China, e
possivelmente também à Arábia
Saudita e ao Vietnã.
Falando aos diplomatas das 174
nações representadas no Vaticano, o papa disse ter apreciado o
fato de alguns desses países terem
enviado condolências pela morte
de João Paulo 2º. "Quero expressar minha gratidão às autoridades
civis desses países, e o desejo de
vê-los em breve representados na
Sé Apostólica", disse.
O Vaticano é o único país europeu que mantém relações diplomáticas oficiais com Taiwan, que
é considerada uma "Província rebelde" pelo governo comunista
chinês. A China exige o rompimento dessas relações como condição para estabelecer laços oficiais com a Santa Sé.
O cardeal Pio Laghi, responsável pela gestão de crises da diplomacia do Vaticano, disse a uma
TV católica que a fala do papa
"parece ser um convite, expressa
certa abertura para solucionar
conflitos por meio do diálogo".
Apesar do tom conciliador, o
discurso do papa também mencionou algumas condições para
uma aproximação. "A igreja não
cessará de proclamar e defender
os direitos humanos, que desgraçadamente ainda são violados em
diferentes partes da Terra."
Com agências internacionais
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