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Moussaoui escapou da pena capital por 1 voto
DA REDAÇÃO
O terrorista Zacarias Moussaoui, único integrante da Al Qaeda julgado pela Justiça americana
por envolvimento no 11 de Setembro, não foi condenado à morte
no último 4 de maio pelo voto de
um jurado, revelou ontem o jornal "Washington Post".
De nacionalidade francesa, mas
nascido no Marrocos, Moussaoui,
de 37 anos, cumpre agora prisão
perpétua, o que escandalizou os
partidários da pena de morte nos
Estados Unidos.
Eram 12 os jurados encarregados da sentença numa corte federal. A pena capital só seria aplicada se todos eles, por unanimidade, assim o decidissem.
A juíza Leonie Brinkema, que
presidiu o julgamento na cidade
de Alexandria, Estado da Virgínia, determinou que a identidade
dos jurados fosse mantida em sigilo. Uma das integrantes do júri
entrou em contato com o "Post" e
narrou detalhes da decisão coletiva. Ela não foi identificada.
Segundo sua versão, foram feitas três votações. Em todas elas a
aplicação da pena de morte saiu
amplamente majoritária (11 a 1, 10
a 2 e novamente 10 a 2). Mas a votação era secreta. Cada jurado
desconhecia a forma pela qual os
demais estavam votando.
Segundo a informante, que é
professora secundária, nenhum
dos jurados argumentou em sessões reservadas sua objeção à pena de morte. Assim, é impossível
saber de quem partiu a decisão.
Os advogados de Moussaoui,
que é réu confesso, entraram ontem com recurso na Corte Federal
de Apelações de Richmond, Estado da Virgínia, contra a sentença
proferida no último dia 4, informou a agência de notícias France
Presse.
Em primeira instância, o recurso já havia sido rejeitado pela juíza Brinkema, sob o argumento de
que a legislação proíbe reformar a
sentença depois que a respectiva
pena já foi pronunciada.
Moussaoui alega que sua confissão foi obtida sob tortura.
Com agências internacionais
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