São Paulo, sábado, 13 de maio de 2006

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Moussaoui escapou da pena capital por 1 voto

DA REDAÇÃO

O terrorista Zacarias Moussaoui, único integrante da Al Qaeda julgado pela Justiça americana por envolvimento no 11 de Setembro, não foi condenado à morte no último 4 de maio pelo voto de um jurado, revelou ontem o jornal "Washington Post".
De nacionalidade francesa, mas nascido no Marrocos, Moussaoui, de 37 anos, cumpre agora prisão perpétua, o que escandalizou os partidários da pena de morte nos Estados Unidos.
Eram 12 os jurados encarregados da sentença numa corte federal. A pena capital só seria aplicada se todos eles, por unanimidade, assim o decidissem.
A juíza Leonie Brinkema, que presidiu o julgamento na cidade de Alexandria, Estado da Virgínia, determinou que a identidade dos jurados fosse mantida em sigilo. Uma das integrantes do júri entrou em contato com o "Post" e narrou detalhes da decisão coletiva. Ela não foi identificada.
Segundo sua versão, foram feitas três votações. Em todas elas a aplicação da pena de morte saiu amplamente majoritária (11 a 1, 10 a 2 e novamente 10 a 2). Mas a votação era secreta. Cada jurado desconhecia a forma pela qual os demais estavam votando.
Segundo a informante, que é professora secundária, nenhum dos jurados argumentou em sessões reservadas sua objeção à pena de morte. Assim, é impossível saber de quem partiu a decisão.
Os advogados de Moussaoui, que é réu confesso, entraram ontem com recurso na Corte Federal de Apelações de Richmond, Estado da Virgínia, contra a sentença proferida no último dia 4, informou a agência de notícias France Presse.
Em primeira instância, o recurso já havia sido rejeitado pela juíza Brinkema, sob o argumento de que a legislação proíbe reformar a sentença depois que a respectiva pena já foi pronunciada.
Moussaoui alega que sua confissão foi obtida sob tortura.


Com agências internacionais


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