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ÁSIA
Presidente quer conselho para impedir corrupção civil
Musharraf defende a presença de militares na política paquistanesa
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente do Paquistão, o
general Pervez Musharraf, defendeu ontem seus controversos planos de reforma constitucional,
afirmando que a democracia parlamentarista nunca funcionou no
país e preconizando a manutenção de um papel ativo das Forças
Armadas na cena política interna.
Musharraf, um aliado-chave
dos EUA na guerra ao terrorismo,
apareceu em rede nacional de televisão para explicar as mudanças
constitucionais que pretende fazer antes da eleição legislativa de
outubro, quando os civis deverão
voltar ao poder (segundo promessa do presidente).
As mudanças incluiriam a criação do Conselho de Segurança
Nacional. Este teria poder para
destituir o primeiro-ministro
eleito, seu gabinete e toda a Assembléia Nacional se considerasse necessário. O conselho seria
composto pelo presidente, pelo
chefe do Estado-Maior das Forças
Armadas e pelos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Os detratores do projeto argumentaram que, embora o Conselho de Segurança Nacional também viesse a ter a participação do
premiê e a do líder da oposição, as
mudanças propostas simplesmente dariam cores oficiais ao
papel preponderante que o presidente quer que os militares tenham na vida política do país.
Porém Musharraf disse que isso
é necessário porque o Paquistão
tem um histórico de corrupção
por parte de funcionários públicos civis e porque o país só teve
uma "falsa democracia" no passado. "A democracia nunca funcionou no Paquistão", declarou.
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