São Paulo, sábado, 13 de julho de 2002

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ÁSIA

Presidente quer conselho para impedir corrupção civil

Musharraf defende a presença de militares na política paquistanesa

DA ASSOCIATED PRESS

O presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, defendeu ontem seus controversos planos de reforma constitucional, afirmando que a democracia parlamentarista nunca funcionou no país e preconizando a manutenção de um papel ativo das Forças Armadas na cena política interna.
Musharraf, um aliado-chave dos EUA na guerra ao terrorismo, apareceu em rede nacional de televisão para explicar as mudanças constitucionais que pretende fazer antes da eleição legislativa de outubro, quando os civis deverão voltar ao poder (segundo promessa do presidente).
As mudanças incluiriam a criação do Conselho de Segurança Nacional. Este teria poder para destituir o primeiro-ministro eleito, seu gabinete e toda a Assembléia Nacional se considerasse necessário. O conselho seria composto pelo presidente, pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas e pelos chefes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Os detratores do projeto argumentaram que, embora o Conselho de Segurança Nacional também viesse a ter a participação do premiê e a do líder da oposição, as mudanças propostas simplesmente dariam cores oficiais ao papel preponderante que o presidente quer que os militares tenham na vida política do país.
Porém Musharraf disse que isso é necessário porque o Paquistão tem um histórico de corrupção por parte de funcionários públicos civis e porque o país só teve uma "falsa democracia" no passado. "A democracia nunca funcionou no Paquistão", declarou.



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