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TRAGÉDIA NOS EUA
Presidente vai a Nova Orleans; Michael Brown deixa chefia da agência de emergências após críticas
Bush nega racismo na ajuda às vítimas
DA REDAÇÃO
O presidente dos EUA, George
W. Bush, na sua terceira visita à
região atingida pelo furacão Katrina em duas semanas, negou
ontem que o racismo tenha interferido para que vítimas -os mortos, agora, já são 513- demorassem a receber ajuda. No mesmo
dia, o criticado diretor da agência
de emergências pediu demissão.
"O furacão não foi discriminatório, e também não o será o esforço de auxílio", disse. Bush falou ao final de um giro, num comboio militar, por áreas inundadas
de Nova Orleans. Em alguns momentos, teve de se abaixar para
desviar de cabos elétricos caídos.
Ele esteve com seu novo chefe
do esforço de ajuda, o vice-almirante da Guarda Costeira Thad
Allen, colocado na função na semana passada em substituição a
Michael Brown, diretor da Fema
(a agência de emergências). Ontem, Brown, o principal alvo das
críticas ao trabalho de auxílio, alegou que seu pedido de demissão
da chefia da Fema foi "para o melhor da agência e do presidente".
Brown, já substituído por David
Paulison, disse que não queria ser
um problema. "O foco tem de estar na Fema, no que as pessoas estão tentando fazer." Além das críticas sobre sua atuação, ele foi
acusado de ter exagerado em sua
experiência com emergências.
Outro irritado com as críticas é
o próprio Bush. Questionado se
havia sentido a necessidade de estar na região atingida com os chefes do esforço de ajuda, foi ríspido. "Haverá muito tempo para o
jogo do empurra. Isso é o que você está tentando fazer. Você está
tentando dizer que alguém está
em dívida. E quero saber; quero
saber exatamente o que ocorreu e
como, e vamos seguir avaliando."
Para Bush, o Congresso deve
avaliar como dar mais autoridade
ao governo federal para agir nos
Estados em caso de catástrofes.
O giro de ontem foi o primeiro
extenso de Bush por Nova Orleans. Antes, ele viu uma palestra
sobre a ajuda oferecida, ao lado
do prefeito Ray Nagin e da governadora Kathleen Blanco (Louisiana), ambos democratas e críticos
da ajuda federal.
Com agências internacionais
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