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Imprensa britânica paga para publicar escândalos sexuais
Diários de maior circulação do Reino Unido revezam traições e orgias de celebridades em suas manchetes
Publicações não só não escondem a procura por casos "quentes" como pagam, e muito bem, a quem quiser delatá-los
VAGUINALDO MARINHEIRO
DE LONDRES
Com frequência aparecem
pesquisas que afirmam que
os ingleses não estão entre os
povos que mais gostam de fazer sexo: eles preferem assistir a uma partida de futebol;
elas, um bom chocolate.
Se o ato é deixado de lado,
uma coisa os ingleses não
dispensam: ler sobre a vida
sexual dos outros.
Traições, prostituição, orgias e afins de celebridades
fazem as manchetes dos tabloides, os jornais com maior
circulação no Reino Unido.
Mas mesmo os jornais de
qualidade, como "The Guardian", "Times", "Daily Telegraph" e "Independent", não
conseguem fugir do assunto.
A bola da vez é Wayne Rooney, 24, atacante do Manchester United e da seleção.
No último domingo, o
"News of the World" (jornal
dominical mais lido, com 2,9
milhões de cópias vendidas)
e o "Sunday Mirror" (terceira
maior circulação aos domingos, com 1,1 milhão de exemplares) trouxeram como assunto de capa a história da
prostituta de 21 anos que afirma ter transado sete vezes
com o jogador enquanto a
mulher dele estava grávida.
Cada encontro teria custado a bagatela de 1.200 libras
(cerca de R$ 3.000).
Não faltam detalhes: a moça diz que o jogador não tem
criatividade na cama; que é
tímido; que tenta, mas não
consegue falar "coisas sujas"
na hora da transa; e que tudo
foi muito, muito rápido
quando chamaram uma amiga para um "ménage à trois".
As histórias se arrastam
por dias, semanas, até que
apareça um novo escândalo.
Só na área esportiva, antes
de Rooney foi Peter Crouch, o
grandalhão desengonçado
da seleção inglesa que foi flagrado traindo a ex-namorada, que estaria grávida. Antes, Ashley Cole, John Terry...
Os jornais não escondem
que estão em busca de escapadelas de famosos.
Ao contrário. O "News of
the World", por exemplo,
deixa claro em seu site que
paga, e muito bem, a quem
quiser vender uma boa história de uma celebridade.
O "Sunday Mirror" até coloca à disposição dos "vendedores de escândalo" um
número de telefone para ligação gratuita.
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