São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2004

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IRAQUE SOB TUTELA

Ação em Ramadi teve como alvo supostos insurgentes abrigados em locais sagrados para os islâmicos

EUA comandam operação em mesquitas

DA REDAÇÃO

Forças iraquianas, amparadas por tropas dos EUA, invadiram mesquitas em Ramadi supostamente usadas como abrigos por insurgentes ontem, em um dia de incremento das operações militares no Triângulo Sunita. As cidades de Fallujah e de Hit foram bombardeadas pelos americanos.
Ao todo, sete pessoas morreram nesses ataques. Atentado contra um posto avançado da Guarda Nacional Iraquiana em Qaim, perto da fronteira com a Síria, matou de 15 a 20 pessoas.
As ações no Triângulo Sunita visam a combater os principais focos da insurgência e, assim, superar um grande entrave à realização de eleições no país em janeiro.
Na operação em Ramadi, as forças iraquianas -escoltadas por militares dos EUA- entraram em sete mesquitas. Segundo os americanos, essas mesquitas são usadas como abrigos de terroristas e armazéns de armas ilegais.
A 1ª Divisão dos Marines informou que as ações ocorreram após a percepção de uma crescente atividade ao redor das mesquitas de Ramadi nos últimos dias.
Os marines e os soldados americanos deram proteção às forças de segurança iraquianas durante a operação, mas não entraram nas mesquitas, segundo os EUA.
No distrito de Sadr City, em Bagdá, seguidores do clérigo xiita Moqtada al Sadr continuaram ontem a trocar armas por dinheiro, após acordo com o governo.
Autoridades dos EUA disseram que forças americanas tentaram por duas vezes, sem sucesso, libertar os dois americanos e o britânico que foram seqüestrados pelo grupo de Zarqawi. Os três foram degolados.
A agência americana World Pictures News informou ontem que o fotógrafo americano Paul Taggart, 24, foi solto no Iraque. Ele havia sido seqüestrado no domingo, em Bagdá.

Alemanha
Em entrevista publicada hoje pelo jornal britânico "Financial Times", o ministro da Defesa da Alemanha, Peter Struck, disse que seu país pode enviar soldados ao Iraque se as condições vierem a mudar -num possível gesto de apoio ao candidato democrata à Presidência dos EUA, John Kerry. "No momento eu descarto o envio de soldados alemães. Contudo ninguém pode prever os acontecimentos no Iraque de tal maneira que possa fazer uma declaração taxativa [sobre o futuro]", disse.
Ao lado da França, a Alemanha liderou a oposição à guerra.


Com agências internacionais


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