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IRAQUE SOB TUTELA
Ação em Ramadi teve como alvo supostos insurgentes abrigados em locais sagrados para os islâmicos
EUA comandam operação em mesquitas
DA REDAÇÃO
Forças iraquianas, amparadas
por tropas dos EUA, invadiram
mesquitas em Ramadi supostamente usadas como abrigos por
insurgentes ontem, em um dia de
incremento das operações militares no Triângulo Sunita. As cidades de Fallujah e de Hit foram
bombardeadas pelos americanos.
Ao todo, sete pessoas morreram
nesses ataques. Atentado contra
um posto avançado da Guarda
Nacional Iraquiana em Qaim,
perto da fronteira com a Síria,
matou de 15 a 20 pessoas.
As ações no Triângulo Sunita visam a combater os principais focos da insurgência e, assim, superar um grande entrave à realização de eleições no país em janeiro.
Na operação em Ramadi, as forças iraquianas -escoltadas por
militares dos EUA- entraram
em sete mesquitas. Segundo os
americanos, essas mesquitas são
usadas como abrigos de terroristas e armazéns de armas ilegais.
A 1ª Divisão dos Marines informou que as ações ocorreram após
a percepção de uma crescente atividade ao redor das mesquitas de
Ramadi nos últimos dias.
Os marines e os soldados americanos deram proteção às forças
de segurança iraquianas durante
a operação, mas não entraram nas
mesquitas, segundo os EUA.
No distrito de Sadr City, em
Bagdá, seguidores do clérigo xiita
Moqtada al Sadr continuaram ontem a trocar armas por dinheiro,
após acordo com o governo.
Autoridades dos EUA disseram
que forças americanas tentaram
por duas vezes, sem sucesso, libertar os dois americanos e o britânico que foram seqüestrados
pelo grupo de Zarqawi. Os três foram degolados.
A agência americana World
Pictures News informou ontem
que o fotógrafo americano Paul
Taggart, 24, foi solto no Iraque.
Ele havia sido seqüestrado no domingo, em Bagdá.
Alemanha
Em entrevista publicada hoje
pelo jornal britânico "Financial
Times", o ministro da Defesa da
Alemanha, Peter Struck, disse que
seu país pode enviar soldados ao
Iraque se as condições vierem a
mudar -num possível gesto de
apoio ao candidato democrata à
Presidência dos EUA, John Kerry.
"No momento eu descarto o envio de soldados alemães. Contudo
ninguém pode prever os acontecimentos no Iraque de tal maneira
que possa fazer uma declaração
taxativa [sobre o futuro]", disse.
Ao lado da França, a Alemanha
liderou a oposição à guerra.
Com agências internacionais
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