São Paulo, quinta-feira, 13 de outubro de 2011

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Congresso dos EUA aprova três acordos de livre-comércio

Tratados com Coreia do Sul, Colômbia e Panamá devem resultar em alta de US$ 13 bi nas exportações americanas

Textos começaram a ser negociados há quase 5 anos; Brasil poderá ter acesso mais difícil ao vizinho sul-americano

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Congresso dos EUA aprovou ontem à noite tratados de livre-comércio do país com a Colômbia, a Coreia do Sul e o Panamá, quase cinco anos depois de eles terem começado a ser negociados.
A Casa Branca havia anunciado acordo para a votação dos tratados no final de junho, mas o presidente Barack Obama só enviou os textos para a aprovação dos congressistas nove dias atrás.
Com os tratados -que preveem redução ou eliminação de tarifas em diversos setores, de commodities a produtos manufaturados-, os EUA esperam aumentar suas exportações em cerca de US$ 13 bilhões por ano e estimular a criação de empregos no país.
Os maus resultados da economia americana e o desemprego, que vem se mantendo alto (9,1% da força de trabalho do país), foram decisivos para que republicanos e democratas, que vinham se desentendendo em questões como o teto da dívida, aprovassem juntos os tratados.
O líder da oposição republicana no Senado, Mitch McConnell, afirmou que seu partido está disposto a trabalhar com Obama por medidas "ainda mais robustas" que favoreçam o comércio exterior.
Por sua vez, o presidente -que ainda precisa assinar os tratados para que entrem em vigor- chamou a aprovação de "grande triunfo".
"O voto desta noite, com apoio bipartidário, aumentará de maneira significativa as exportações que levam orgulhosamente o selo 'made in USA' [feito nos EUA], sustentará dezenas de milhares de empregos no país e protegerá os direitos trabalhistas, a propriedade intelectual e o ambiente", afirmou Obama.

INFLUÊNCIA NO BRASIL
Para os EUA, os principais ganhos serão no comércio com a Coreia do Sul, economia cujo PIB é da ordem de US$ 1 trilhão. Além disso, os sul-coreanos são antigos aliados políticos e uma presença importante na Ásia -área sob crescente domínio da China.
O acordo com a Coreia é considerado o maior dos EUA desde a criação do Nafta (Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio), em 1992.
Do ponto de vista do Brasil, avalia-se que o tratado com a Colômbia poderá dificultar o acesso ao mercado do vizinho sul-americano, que tem status de "Estado associado" ao Mercosul e PIB de US$ 286 bilhões.


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