São Paulo, sexta-feira, 14 de janeiro de 2005

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ORIENTE MÉDIO

Três grupos assumem

Ataque palestino mata cinco na faixa de Gaza

DA REUTERS

Um ataque palestino matou cinco pessoas ontem perto de uma base militar de Israel na faixa de Gaza, segundo os serviços de resgate israelenses.
A Rádio Israel disse inicialmente que se tratava de um atentado com dois suicidas. Mais tarde, porém, informou que uma grande bomba havia sido detonada num posto de fronteira e que não estava claro se havia suicidas envolvidos.
Três grupos terroristas palestinos reivindicaram responsabilidade conjunta pela ação -Hamas, Frente de Resistência Palestina e Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, organização ligada à facção Fatah, do presidente palestino eleito, Mahmoud Abbas.
O ataque ocorreu em meio a uma nova onda de violência entre israelenses e grupos palestinos que desafiam os apelos de Abbas, que prometeu retomar o diálogo com Israel.
Ontem, antes do ataque, Abbas havia manifestado um plano para obter os compromissos de segurança exigidos pelo Mapa do Caminho, acordo de paz patrocinado pelos EUA.
O plano, em seu estágio inicial, conclama os palestinos a encerrar toda a violência e prevê repressão de terroristas, enquanto Israel retira suas forças de algumas áreas ocupadas e congela a construção de novos assentamentos.
Abbas, eleito no domingo para suceder a Iasser Arafat, morto em novembro, tem pedido aos grupos hostis a Israel que cessem os ataques, após quatro anos de confrontos.
"O Mapa do Caminho começa com compromissos de segurança e, então, se concentra nas questões sobre o status final. Estamos prontos para implementar nossos compromissos", disse Abbas, cujos apelos pelo fim da violência têm sido rejeitados pelos grupos terroristas.
"A questão agora é se ele [Abbas] tem o desejo e a determinação de liquidar o terrorismo palestino", disse o chanceler de Israel, Silvan Shalom. "Seu teste é agora."
Na primeira de suas três fases, o Mapa do Caminho pede que Israel retire suas forças "das áreas ocupadas desde 28 de setembro de 2000", início da Intifada, e congele "toda a atividade de assentamento" nos territórios ocupados.
Pede também que os palestinos declarem um "inequívoco fim da violência e do terrorismo e levem adiante esforços visíveis" no sentido de barrar os ataques contra Israel.


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