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Sem novidades, América Latina verá "rosto novo"
Hillary promete "engajamento vigoroso" com região
DE WASHINGTON
A América Latina verá um
"novo rosto" dos Estados Unidos na região, "mais engajado"
e com "envolvimento vigoroso". Vagas, as promessas foram
feitas ao longo do dia de ontem
por Hillary Clinton, durante
seu depoimento à Comissão de
Relações Exteriores do Senado.
"No nosso continente, temos
a oportunidade de melhorar a
cooperação para obter objetivos econômicos, de segurança e
ambientais em comum", disse a
futura secretária de Estado em
seu texto inicial. "Retomaremos a política de engajamento
vigoroso."
Hillary citaria a Cúpula das
Américas, que ocorre em abril
em Trinidad e Tobago e deve
ser um dos primeiros compromissos externos de Barack
Obama, como fórum ideal para
"uma nova parceria energética,
construída ao redor de tecnologia compartilhada e investimentos em energia renovável".
O desfile de chavões já ditos
por antecessores mostra a falta
de importância que a região deve continuar sofrendo pelo menos no início do novo governo.
Com uma crise econômica sem
precedentes no campo interno,
duas guerras em curso e o recrudescimento de um conflito
no Oriente Médio, nem Obama
nem Hillary terão muito tempo
para a América Latina.
A ação de maior visibilidade
-mas pouco efeito- deve ser
mesmo em relação a Cuba.
Obama prometeu relaxar a tensão entre os dois países. Ontem,
Hillary voltou a dizer que o futuro governo vai suspender as
restrições a viagens de familiares que desejem visitar a ilha,
posição explicitada por Obama.
"O presidente eleito está
comprometido a suspender as
restrições de viagens familiares
e de envio de dinheiro", disse.
"Ele acredita que cubano-americanos são os melhores embaixadores para democracia, liberdade e um livre mercado."
O Brasil foi citado duas vezes.
A primeira como uma das economias emergentes que a futura secretária espera ser chamada para discutir a crise econômica mundial, embora esse tipo de convocação não faça parte de suas atribuições. "O encontro recente do G20 foi um
primeiro passo", disse, aludindo à reunião do ano passado em
Washington.
"Sabemos que economias
emergentes como China, Índia,
Brasil, África do Sul e Indonésia sentem os efeitos da crise
atual. Todos nos beneficiaremos se eles forem parte da solução e se tornarem parceiros
ao manter a estabilidade econômica global."
(SÉRGIO DÁVILA)
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