|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Hamas e Fatah iniciam plano de reconciliação
Grupos declaram fim de prisões por motivo político
DA REDAÇÃO
Reunidos no Egito, dirigentes das duas principais forças
políticas palestinas -o islâmico Hamas e o secular Fatah-
anunciaram ontem medidas de
reconciliação. A reaproximação é uma condição implícita
para um cessar-fogo duradouro
com Israel.
Os grupos haviam rompido
em junho de 2007, após desentendimentos sobre a formação
de um governo e combates que
culminaram na expulsão do Fatah da faixa de Gaza. O Hamas,
que venceu as eleições parlamentares de 2006, hoje controla o território, e o poder do Fatah, na Presidência palestina,
ficou restrito à Cisjordânia.
Uma nota conjunta apontou
que eles concordam em encerrar "os ataques recíprocos na
mídia" e "a questão das detenções" políticas -este último,
ponto-chave na reaproximação
dos grupos, que após a ruptura
passaram a prender rivais.
O encontro de ontem reuniu
delegações lideradas pelo número dois da ala política do Hamas, Musa Abu Marzuk, e pelo
ex-premiê da Autoridade Nacional Palestina, Ahmed Qorei,
companheiro de Iasser Arafat
no Fatah. A meta é celebrar um
ato de reconciliação no dia 22.
O primeiro encontro entre
altos quadros dos grupos palestinos em mais de 18 meses
aconteceu em meio a uma mudança na cena internacional.
O fortalecimento das siglas
de direita na eleição israelense
da última terça pressiona os palestinos, já que Israel não reconhece o Hamas como interlocutor para negociar diretamente qualquer tipo de acordo. Paralelamente, o novo governo
americano colocou os esforços
pela paz no Oriente Médio como uma "alta prioridade".
Apesar de o dirigente do Hamas ter dito que espera oficializar amanhã trégua de 18 meses
com os israelenses, a região ontem foi palco de novos ataques
mútuos. Foguetes disparados
do lado palestino visaram a cidade israelense de Sderot, e
houve ataque aéreo a Gaza.
Com agências internacionais
Texto Anterior: "Blogueiro do Hizbollah" quer exportar revolução iraniana Próximo Texto: Conservadores rejeitam novo tom com os EUA Índice
|