São Paulo, sábado, 14 de fevereiro de 2009

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Hamas e Fatah iniciam plano de reconciliação

Grupos declaram fim de prisões por motivo político

DA REDAÇÃO

Reunidos no Egito, dirigentes das duas principais forças políticas palestinas -o islâmico Hamas e o secular Fatah- anunciaram ontem medidas de reconciliação. A reaproximação é uma condição implícita para um cessar-fogo duradouro com Israel.
Os grupos haviam rompido em junho de 2007, após desentendimentos sobre a formação de um governo e combates que culminaram na expulsão do Fatah da faixa de Gaza. O Hamas, que venceu as eleições parlamentares de 2006, hoje controla o território, e o poder do Fatah, na Presidência palestina, ficou restrito à Cisjordânia.
Uma nota conjunta apontou que eles concordam em encerrar "os ataques recíprocos na mídia" e "a questão das detenções" políticas -este último, ponto-chave na reaproximação dos grupos, que após a ruptura passaram a prender rivais.
O encontro de ontem reuniu delegações lideradas pelo número dois da ala política do Hamas, Musa Abu Marzuk, e pelo ex-premiê da Autoridade Nacional Palestina, Ahmed Qorei, companheiro de Iasser Arafat no Fatah. A meta é celebrar um ato de reconciliação no dia 22.
O primeiro encontro entre altos quadros dos grupos palestinos em mais de 18 meses aconteceu em meio a uma mudança na cena internacional.
O fortalecimento das siglas de direita na eleição israelense da última terça pressiona os palestinos, já que Israel não reconhece o Hamas como interlocutor para negociar diretamente qualquer tipo de acordo. Paralelamente, o novo governo americano colocou os esforços pela paz no Oriente Médio como uma "alta prioridade".
Apesar de o dirigente do Hamas ter dito que espera oficializar amanhã trégua de 18 meses com os israelenses, a região ontem foi palco de novos ataques mútuos. Foguetes disparados do lado palestino visaram a cidade israelense de Sderot, e houve ataque aéreo a Gaza.

Com agências internacionais


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