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Brasileira foi informante em escândalo sexual de NY
Ex-prostituta, Andréia Schwartz aguarda deportação
DA REDAÇÃO
Uma ex-prostituta e cafetina
brasileira condenada nos EUA
colaborou com o FBI na investigação que derrubou nesta semana o governador de Nova
York, Eliot Spitzer, segundo informações da imprensa americana. Spitzer renunciou anteontem, dois dias após ter sido
divulgado seu envolvimento
com a rede de prostituição de
luxo Emperors Club VIP.
A cafetina, a capixaba Andréia Schwartz, 33, teria sido
informante do FBI na investigação sobre a Emperors Club
VIP, para a qual já trabalhou,
afirmou ontem o jornal sensacionalista "New York Post". Segundo o "Post", ela mostrou
provas de que recebeu pagamentos da rede de prostituição
através da empresa Qat Consulting, que servia de fachada
para a rede.
O FBI começou a investigar
Spitzer ao descobrir que ele fizera transferências irregulares
de até US$ 80 mil para a Qat
Consulting. Schwartz ajudou
os investigadores a ligar as duas
empresas. A rede cobrava entre
US$ 1.000 e US$ 5.500 por hora
para encontros.
Negócio arriscado
Schwartz havia abandonado
a rede havia alguns anos para
montar seu próprio negócio de
prostituição de luxo, em um
apartamento de US$ 1,2 milhão
em Manhattan. Ela afirma que
manteve clientes como o alto
executivo Wayne Pace, da empresa de comunicação e entretenimento Time Warner.
Em junho de 2006, Schwartz
foi presa, acusada de exploração da prostituição, posse de
drogas e lavagem de dinheiro. Á
época, detida, Schwartz afirmou à Folha, por intermédio
de advogados, que estava "apavorada, confusa e de coração
partido". O "Post" afirma que
ela acabou aceitando se declarar culpada em um acordo que
lhe deu imunidade contra processos federais. Em troca, aceitou ser deportada.
A mãe de Schwartz, a capixaba Elza Dias, 48, disse estar
surpresa com a história. "Ela
não comentou nada comigo sobre essa história do governador. Fiquei muito surpresa.
Não sei te dizer se ela tinha
clientes políticos, mas sei que
havia clientes famosos", disse.
"Estou feliz com a volta dela.
Faz oito anos que ela mora em
Nova York e eu nunca consegui
visto para visitá-la", afirmou à
Folha, de Vila Velha (região
metropolitana de Vitória).
"Ela assinou tudo o que queriam para ser deportada e disse
estar bastante feliz por ser solta." Segundo ela, antes de viajar
aos EUA, a filha trabalhava no
Rio de Janeiro como vendedora de uma loja de carros para
rali e foi para Nova York para
ganhar dinheiro. "Ela mandava
pouco para a gente."
Fontes do Consulado do Brasil em Nova York informaram
que Schwartz está detida em
um prédio público do Departamento de Imigração dos EUA e
deverá chegar ao Brasil amanhã. A sentença de deportação
saiu no dia 5 de março e o vôo
para o Brasil será pago pelo governo dos EUA.
Colaboraram CÍNTIA ACAYABA, da Agência Folha, e DANIEL BERGAMASCO , de Nova York
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