São Paulo, sexta-feira, 14 de abril de 2006

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IRAQUE

Crescem críticas ao secretário

Para generais dos EUA, Rumsfeld deveria sair

DA REDAÇÃO

Generais americanos na reserva acusam o secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, de ser "autoritário" e de cometer "erros estratégicos" no Iraque. E garantem que esse é o sentimento predominante entre as demais lideranças militares do país.
Em entrevista à rede de televisão CNN, ontem, o general da reserva Anthony Zinni pediu a renúncia de Rumsfeld. "Ele deve ser responsabilizado por uma série de erros graves."
Um dia antes, o general John Batiste, que comandou a 1ª Divisão de Infantaria no Iraque entre 2004 e 2005, também na reserva, pediu o mesmo. "Rumsfeld violou alguns princípios militares fundamentais, como a unidade de comando e a garantia do número suficiente de soldados no campo de batalha."
Para ele, colocar muita responsabilidade em oficiais inexperientes ou incompetentes produziu o escândalo das torturas na prisão de Abu Ghraib.
Outros general da reserva, Paul Eaton, escreveu em artigo no jornal "The New York Times" que Rumsfeld era "incompetente estratégica e operacionalmente".
Apesar da pressão, o presidente George W. Bush quis demonstrar ontem que Rumsfeld continua respaldado. "O presidente acredita que o secretário Rumsfeld esteja fazendo um trabalho muito bom durante um período muito desafiador da história de nossa nação", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan.
No mesmo dia em que Rumsfeld era elogiado por seu trabalho no Iraque, mais atentados aconteceram em Bagdá. Um carro-bomba estacionado em um mercado matou pelo menos 15 pessoas e deixou 22 feridas. Em outro atentado, Mahmoud Al Ashimi, irmão de Tariq Al Ashimi, político sunita que é cotado para ser o presidente do Parlamento iraquiano, foi assassinado por atiradores não-identificados, enquanto dirigia um carro na capital.


Com agências internacionais


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