São Paulo, sábado, 14 de abril de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ORIENTE MÉDIO

Israel suspende militar acusado de usar palestinos como escudo

DA REDAÇÃO

O Exército de Israel suspendeu o comandante de uma operação na qual soldados usaram palestinos como escudos humanos, obrigando-os a ficarem em frente ao veículo israelense para protegê-lo de pedras atiradas pela população dos territórios ocupados, informou um porta-voz do Exército.
O episódio, ocorrido em Nablus na quarta-feira, foi registrado por um vídeo feito por um ativista estrangeiro durante busca em uma casa onde supostamente estava escondido um militante palestino procurado por Israel. Logo depois que o vídeo foi colocado em um site israelense, foi anunciada a suspensão do comandante da operação. O Exército informou ainda que pediu uma investigação da polícia militar.
De acordo com o ministro palestino da Informação, Mustafa Barghouti, as suspensões vão apenas maquiar o problema. "Eles estão tratando isso como se fosse um caso isolado. O problema é sistemático. As tropas continuam a praticar esses atos."
Há anos os palestinos reclamam do emprego forçado de civis durante operações como essa. Em 2002, um estudante palestino de 19 anos foi morto durante troca de tiros, ao ser usado como escudo por israelenses. Mas só em fevereiro foram divulgadas as primeiras imagens relativas a essa prática. O uso de civis em combate viola a Convenção de Genebra. Em 2005, a Corte Suprema de Israel proibiu o uso de escudos humanos pelo Exército.
Também ontem, 17 pessoas ficaram feridas em duas manifestações em Bilin contra o muro de separação construído por Israel na Cisjordânia, segundo uma rádio pública israelense. A polícia israelense utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar os manifestantes, palestinos e militantes de esquerda israelenses.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Abuso: Padre que torturava é destituído
Próximo Texto: Iraque: Grupo assume ataque contra Parlamento
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.