São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2008

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ELEIÇÕES NO ZIMBÁBUE

Países africanos pressionam governo por resultados finais

DA REDAÇÃO

Após 12 exaustivas horas, a reunião emergencial da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre o Zimbábue terminou na madrugada de ontem sem críticas ao ditador Robert Mugabe, mas com um apelo pela rápida verificação e divulgação do resultado da eleição presidencial do último dia 29. A demora na divulgação alimenta temores de fraudes.
A SADC também pressionou pelo acesso de partidos de oposição e observadores independentes ao local de contagem dos votos.
Para o jornal "New York Times", houve uma admissão implícita de que Mugabe, ausente no encontro, apoiou ataques violentos contra oposicionistas desde a votação: a SADC pediu ao Zimbábue que um segundo turno, se necessário, seja organizado em "ambiente seguro".
Ficou de fora, porém, o reconhecimento explícito de que o país vive uma crise com o impasse político atual.
O secretário-geral do opositor Movimento pela Mudança Democrática (MDC), Tendai Biti, se disse razoavelmente satisfeito com o resultado. "Foi um grande desafio para a SADC e o grupo se saiu relativamente bem", disse ele, que antes descrevera o encontro como um teste para definir se a comunidade "é ou não algo mais do que um sindicato de ditadores".
O partido afirma ter vencido a eleição presidencial no primeiro turno, mas contagens independentes indicam necessidade de segundo turno. O MDC também informou ontem que questionará na Justiça uma recontagem parcial de votos da eleição para o Congresso, que derrubou a maioria histórica do governo. A comissão eleitoral ordenou a recontagem dos votos de 23 distritos.


Com agências internacionais


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