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SUCESSÃO NOS EUA
Hillary ataca Obama por fala sobre "amargura" de eleitores
DA REDAÇÃO
Depois de comentários
controversos sobre a "amargura" de moradores de cidades pequenas da Pensilvânia,
o pré-candidato democrata
Barack Obama continuou
durante o fim de semana a
tentar se defender das críticas que podem prejudicar
seu desempenho nas prévias
desse Estado, no dia 22.
A tarefa não tem sido fácil,
principalmente dado o foco
que a campanha de sua rival,
Hillary Clinton, mantém sobre o tema. "Obama ainda
não se explicou. Afinal, como
ele vê as pessoas aqui neste
bairro, na Pensilvânia, em
outros locais do país?" questionou Hillary repetidamente em atos no Estado ontem.
A polêmica gira em torno
de um discurso do pré-candidato a doadores da Califórnia, tornado público na última sexta-feira. Na ocasião,
ele afirmou: "Você vai a algumas cidades pequenas na
Pensilvânia, e muitas outras
no Meio-Oeste, e os empregos se foram há 25 anos e nada os substituiu. (...) Não é
surpreendente que as pessoas tenham se tornado
amarguradas e apelam para
armas, ou religião, ou rejeição a pessoas que não são como elas, como com sentimentos antiimigração, para
explicar suas frustrações."
Apesar da declaração ter
sido em grande parte voltada
contra a ex-primeira-dama
-ele disse que a situação piorou "durante o governo [do
ex-presidente Bill] Clinton"- o ataque se voltou
contra Obama. Ele agora é
acusado de mostrar "falta de
compreensão" sobre valores
de moradores de cidades pequenas.
No sábado, ele tentou voltar atrás e disse que "não se
expressou tão bem como deveria". Obama afirma que
sua intenção foi dizer que
eleitores em cidades com
problemas econômicos expressam sua ansiedade nas
urnas focando em questões
culturais e sociais como imigração e leis sobre armas.
Mas, para Hillary, foi a
oportunidade perfeita para
se apresentar como a verdadeira defensora dos trabalhadores de renda mais baixa
-que formam uma de suas
principais bases.
Só a votação da próxima
semana mostrará como o caso afetou o público. "Eu não
fiquei chateado", afirmou o
eleitor da Pensilvânia Richard Morrison, 61. "Há
mesmo um sentimento
amargo por aqui."
Com agências internacionais
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