São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010

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Terremoto mata ao menos 67 pessoas no oeste da China

Tremor, de magnitude 6,9, atinge Província de Qinghai, em área montanhosa próxima à Região Autônoma do Tibete

Soldados são enviados para ajudar a salvar pessoas que ficaram soterradas em casas que desabaram, mas não há equipamentos suficientes

DA REDAÇÃO

Ao menos 67 pessoas morreram e muitas outras ficaram soterradas após um forte tremor de magnitude 6,9 atingir a Província chinesa de Qinghai, na região montanhosa próxima ao Tibete.
A informação foi confirmada pelo Centro de Terremotos da China na manhã de quarta-feira (local) em um breve comunicado na internet. O texto dizia ainda que o terremoto fez com que diversos imóveis desmoronassem.
Segundo o Instituto Geológico dos EUA (USGS na sigla em inglês), o epicentro do terremoto foi na região montanhosa que divide a Província de Qinghai da Região Autônoma do Tibete.
Na base das montanhas no sul e no leste da região estão localizados monastérios tibetanos no condado de Yushu -conhecido por seu festival de cavalos-, enquanto que as áreas no norte e no oeste são áridas e despovoadas.
O tremor ocorreu às 7h49 local, 380 km a sudeste da cidade de Golmud, a uma profundidade de 10 km, e foi seguido por ao menos duas réplicas, de magnitudes 5,3 e 5,2.
Uma das cidades mais atingidas foi Yushu, onde ocorreram parte das mortes. "Soldados foram enviados para ajudar no resgate de pessoas soterradas em casas que colapsaram", disse a autoridade local Huang Limin à agência de notícias estatal Xinhua.
"As casas [em Yushu] são construídas com paredes grossas e são fortes. Mas se elas colapsam, podem ferir muitas pessoas que estiverem em seus interiores", disse por telefone à agência Reuters Zhuo De, um morador da cidade.
O principal terremoto fez com que moradores saíssem às ruas, segundo o chefe de jornalismo da TV de Yushu, Karsum Nyima, disse à emissora CCTV.
"Em um segundo, as casas desabaram. Foi um terremoto terrível", disse. "Em um pequeno parque [na cidade], havia uma torre budista e o topo dela desabou."
"Todo mundo está nas ruas, em frente de suas casas, tentando encontrar os membros de sua família", completou, afirmando que os prédios de escolas não desabaram, mas que os estudantes foram levados para locais ao ar livre.
Os esforços de resgate ficaram prejudicados por problemas de comunicação, já que as linhas telefônicas ficaram inoperantes. Emissoras de TV estatais mostraram policiais usando pás para cavar ao redor de uma casa cujo telhado caiu. Um oficial militar local, Shi Huajie, disse que as equipes de resgate estavam trabalhando com poucos equipamentos.
"A dificuldade que enfrentamos agora é que não temos nenhuma escavadeira", afirmou.
O planalto tibetano é frequentemente atingido por tremores, mas o número de vítimas costuma ser pequeno porque a região é pouco habitada.
O movimento de placas do subcontinente indiano em direção ao Himalaia empurram a área, provocando terremotos na base das montanhas, como o que atingiu a Província de Sichuan em maio de 2008 e que matou cerca de 80 mil pessoas.


Com agências internacionais

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