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Terremoto mata ao menos 67 pessoas no oeste da China
Tremor, de magnitude 6,9, atinge Província de Qinghai, em área montanhosa próxima à Região Autônoma do Tibete
Soldados são enviados para
ajudar a salvar pessoas que
ficaram soterradas em casas
que desabaram, mas não há
equipamentos suficientes
DA REDAÇÃO
Ao menos 67 pessoas morreram e muitas outras ficaram soterradas após um forte tremor
de magnitude 6,9 atingir a Província chinesa de Qinghai, na
região montanhosa próxima ao
Tibete.
A informação foi confirmada
pelo Centro de Terremotos da
China na manhã de quarta-feira (local) em um breve comunicado na internet. O texto dizia
ainda que o terremoto fez com
que diversos imóveis desmoronassem.
Segundo o Instituto Geológico dos EUA (USGS na sigla em
inglês), o epicentro do terremoto foi na região montanhosa
que divide a Província de Qinghai da Região Autônoma do
Tibete.
Na base das montanhas no
sul e no leste da região estão localizados monastérios tibetanos no condado de Yushu -conhecido por seu festival de cavalos-, enquanto que as áreas
no norte e no oeste são áridas e
despovoadas.
O tremor ocorreu às 7h49 local, 380 km a sudeste da cidade
de Golmud, a uma profundidade de 10 km, e foi seguido por ao
menos duas réplicas, de magnitudes 5,3 e 5,2.
Uma das cidades mais atingidas foi Yushu, onde ocorreram
parte das mortes. "Soldados foram enviados para ajudar no
resgate de pessoas soterradas
em casas que colapsaram", disse a autoridade local Huang Limin à agência de notícias estatal Xinhua.
"As casas [em Yushu] são
construídas com paredes grossas e são fortes. Mas se elas colapsam, podem ferir muitas
pessoas que estiverem em seus
interiores", disse por telefone à
agência Reuters Zhuo De, um
morador da cidade.
O principal terremoto fez
com que moradores saíssem às
ruas, segundo o chefe de jornalismo da TV de Yushu, Karsum Nyima, disse à
emissora CCTV.
"Em um segundo, as casas
desabaram. Foi um terremoto
terrível", disse. "Em um pequeno parque [na cidade], havia
uma torre budista e o topo dela
desabou."
"Todo mundo está nas ruas,
em frente de suas casas, tentando encontrar os membros de
sua família", completou, afirmando que os prédios de escolas não desabaram, mas que os
estudantes foram levados para
locais ao ar livre.
Os esforços de resgate ficaram prejudicados por problemas de comunicação, já que as
linhas telefônicas ficaram inoperantes. Emissoras de TV estatais mostraram policiais
usando pás para cavar ao redor
de uma casa cujo telhado caiu.
Um oficial militar local, Shi
Huajie, disse que as equipes de
resgate estavam trabalhando
com poucos equipamentos.
"A dificuldade que enfrentamos agora é que não temos nenhuma escavadeira", afirmou.
O planalto tibetano é frequentemente atingido por tremores, mas o número de vítimas costuma ser pequeno porque a região é pouco habitada.
O movimento de placas do
subcontinente indiano em direção ao Himalaia empurram a
área, provocando terremotos
na base das montanhas, como o
que atingiu a Província de Sichuan em maio de 2008 e que
matou cerca de 80 mil pessoas.
Com agências internacionais
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