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Pequim insiste que Jogos Olímpicos vão ser seguros
Terremoto foi a 1.600 km da cidade, justifica governo; já no país, tocha percorrerá Províncias nos próximos 3 meses
COI doará US$ 1 milhão; capital chinesa, que deve receber 500 mil turistas durante jogos, não envia policiais a área afetada
France Presse
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Prédio atingido pelo tremor em Dujiangyan; apesar de desastre, revezamento de tocha foi mantido
DA REDAÇÃO
O terremoto que atingiu a
China na segunda-feira não
afetará a Olimpíada de Pequim,
que começam em 8 de agosto,
afirmou ontem o Bocog (comitê organizador dos jogos). São
esperados 500 mil turistas em
Pequim durante os Jogos.
"Quero dizer aos visitantes
estrangeiros que a Olimpíada é
segura, que Pequim é segura,
que a China é segura", declarou
Zhang Jian, diretor do departamento de gerenciamento de
projetos do comitê.
O diretor do centro de imprensa, Li Zhanjun, acrescentou que terremotos foram levados em consideração quando 31
prédios foram construídos para
a Olimpíada. e que a força humana necessária para a limpeza
de Sichuan, a Província mais
afetada, não impactará a segurança de Pequim-08.
"Quando se constrói um prédio em Pequim, ele precisa resistir a terremotos de até oito
pontos na escala Richter." O
terremoto foi de 7,8 graus.
O epicentro foi em Wenchuan, a cerca de 1.600 km de
Pequim. "A polícia e o Exército
de Pequim não foram deslocados, então não haverá efeito nenhum na segurança da Olimpíada", explicou Zhanjun.
Caminho da tocha
Já a tocha olímpica -cujo caminho foi conturbado por protestos a favor do Tibete em várias partes do mundo- deve ter
seu trajeto local mantido e passar por Sichuan entre 15 e 18 de
junho. O braço chinês da marcha de revezamento começa
hoje na cidade de Ruijin, na
Província de Jiangxi, com um
minuto de silêncio e uma cerimônia definida como "mais sóbria" do que o originalmente
previsto, em sinal de luto pelas
vítimas do terremoto.
"Com a nação direcionando
esforços para ajudar a região a
se recuperar do desastre, [o Bocog] decidiu, após consultar
Jiangxi e outras Províncias, que
enfatizará simplicidade e eficiência, enquanto colocará a segurança em primeiro lugar",
afirmou um comunicado do
Bocog.
Guo Weimin, diretor do departamento de imprensa do Escritório de Informação, reforçou: "A passagem da tocha é
parte da Olimpíada e tem pouca conexão com nosso trabalho
de resgate nos locais atingidos".
Qin Gang, porta-voz do chanceler chinês, disse que o terremoto estimulará ainda mais os
chineses pelo sucesso da Olimpíada. "Temos habilidade para
continuar com o trabalho preparatório como planejado."
O COI (Comitê Olímpico Internacional) anunciou a doação
de US$ 1 milhão, e seu presidente, Jacques Rogge, enviou
uma carta ao presidente chinês,
Hu Jintao, expressando solidariedade. "Enviamos as nossas
mais profundas condolências
às vítimas", escreveu. Postos de
coleta de doações serão colocados na rota da tocha.
Mas, na própria China, devem ocorrer protestos durante
a passagem da tocha. Vários sites e blogs se manifestaram ontem. "Todos deveriam ligar [para o comitê organizador] e condená-los por serem tão desumanos", escreveu um morador
da Província de Hubei.
Com agências internacionais e "The New
York Times"
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