São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2008

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Depois de embaixada, Itaú é alvo de bomba no Chile

Nenhuma organização assumiu autoria de ataques

ADRIANA KÜCHLER
DE BUENOS AIRES

Uma semana após o ataque à Embaixada do Brasil em Santiago, outra bomba explodiu em uma instituição brasileira na capital chilena, desta vez em uma agência do banco Itaú. O ataque aconteceu à 0h30 de ontem e provocou danos na sucursal do banco e em casas vizinhas, mas não deixou feridos.
Assim como no ataque à embaixada, nenhum grupo reivindicou a ação, e não havia nenhum panfleto no local que pudesse identificar os autores. Na semana passada, o embaixador do Brasil no Chile, Mario Vilalva, afirmara que aquele era um ato isolado, opinião respaldada pelo governo chileno.
Em um comunicado, o Itaú informou que "está trabalhando para a recomposição da agência e prestando todo o apoio às autoridades chilenas, que estão investigando o caso".
Recentemente, o Ministério Público formou uma equipe para investigar os cerca de 40 ataques com bombas caseiras dos últimos meses. "Não é uma organização centralizada. Estamos lidando com uma estrutura difusa e, por isso, duplamente difícil de investigar", disse o promotor Sabas Chahuán.
Na segunda-feira, um grupo de anarquistas, a quem o governo costuma atribuir os ataques anônimos, reivindicou um atentado a uma torre de alta tensão no caminho para as estações de esqui da região metropolitana. Segundo um e-mail enviado à imprensa, o plano era "sabotar os centros de diversão dos ricos e preparar um setembro subversivo".
Ataques desse tipo não são novidade no Chile e se intensificam quando se aproxima 11 de setembro, data do início da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990). Na tarde de ontem, o prédio do Ministério da Economia foi esvaziado por um falso alerta de bomba.


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