São Paulo, sexta-feira, 14 de setembro de 2007

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País nasceu no século 19 como Estado-tampão

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Poucos dias antes da derrota de Napoleão Bonaparte na Batalha de Waterloo, o Congresso de Viena decidiu, em 1815, criar um Estado-tampão unindo as províncias católicas belgas e os protestantes holandeses, formando o Reino dos Países Baixos. As províncias logo proclamaram independência, seguiu-se uma guerra e o território que forma atualmente a Bélgica só se consolidou 23 anos depois.
Com o rei Leopoldo 2º, que assumiu o trono em 1885, o país participou da exploração da África. Durante 31 anos o Congo foi propriedade pessoal do monarca, que de lá extraía borracha, marfim e cacau. Depois colônia belga, o país só conquistaria a independência em 1960.
A Bélgica durante décadas foi dominada pelos francófonos. As minas de carvão e a siderurgia da Valônia, sul do país, fizeram com que o Estado, a burguesia e a aristocracia falassem apenas o francês -até mesmo em Flandres. Porém, nesta região, os padres próximos do povo forjaram uma cultura de resistência. Nasceu assim o movimento flamengo.
Nos anos 1950, o país participou da criação da Comunidade Européia. Nos 60, a poderosa siderurgia da região da Valônia entrou em decadência e começou a ascensão econômica e social dos flamengos. Entre 1970 e 1993, quatro reformas fizeram da Bélgica um Estado federativo. O país é tradicionalmente governado por políticos flamengos, mas o governo federal tem que ser composto obrigatoriamente por uma aliança entre os partidos de língua francesa e flamenga. Nos últimos oito anos, o primeiro-ministro belga foi Guy Verhofstadt.


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