São Paulo, sexta-feira, 14 de outubro de 2011

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Eslováquia aprova novo fundo do euro

País é o último membro a votar medida, que permitirá emprestar até € 440 bilhões a economias do bloco em crise

Eslováquia tinha o 'voto de Minerva'; contrariada, oposição havia vetado ratificação na terça-feira passada

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O Parlamento da Eslováquia aprovou, em votação ontem, o plano de expansão do EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira). Com o OK eslovaco, o fundo passa a ter € 780 bilhões em recursos, divididos proporcionalmente entre os 17 países da zona do euro.
Num primeiro momento, € 440 bilhões desse montante poderão ser usados para socorrer governos e bancos. A ampliação do EFSF inclui a capacidade de comprar títulos soberanos, a extensão de empréstimos emergenciais e a recapitalização de instituições financeiras.
A Eslováquia foi o último país a votar a ampliação do fundo, após os demais países do bloco terem aprovado a medida. Na terça-feira, o Parlamento, numa manobra de política interna, havia votado contra o pacote, assustando os mercados e provocando eleições antecipadas.
A oposição reclamava do cenário em que um dos países mais pobres da zona do euro, como a Eslováquia, teria de resgatar nações menos pobres, como a Grécia.
"O preço é alto, mas estou satisfeito", afirmou ontem Ivan Miklos, ministro das Finanças do país. "Não estamos impedindo a zona do euro de ter essa ferramenta à disposição para conter a crise."
O impasse eslovaco exemplificou, durante as semanas de votação, o desafio ao bloco, estruturado de maneira que um Estado sozinho possa vetar medidas conjuntas.
Vivem na Eslováquia menos de 2% da população da zona do euro.

REBAIXAMENTOS
Apesar da vitória do EFSF, a economia do euro sofreu uma série de choques ontem.
A agência de classificação de risco Fitch baixou a nota do banco suíço UBS em um degrau, para A. A instituição indicou que pode ainda rebaixar outros 12 bancos, entre eles os franceses Crédit Agricole e BNP Paribas, além do suíço Crédit Suisse.
A medida de colocar os bancos sob vigilância "reflete o parecer [...] de que os modelos de negócio dessas instituições são particularmente sensíveis aos intensos desafios que os mercados financeiros estão enfrentando", afirmou a agência, por meio de comunicado oficial.
A agência Standard& Poor's, por sua vez, rebaixou a nota da dívida espanhola -que caiu um nível, para AA-. Em meio à crise, Portugal anunciou ontem que implementará novas medidas de aperto financeiro. Entre elas, a eliminação de bônus no salário de funcionários públicos. O país deve 93% do PIB.


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