São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

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Imbróglio acerca de prisão faz Obama perder assessor

DE WASHINGTON

Logo que foi eleito, em novembro do ano passado, Barack Obama começou a tentar desmontar o arcabouço legal de exceção montado por seu antecessor, o republicano George W. Bush, e o vice, Dick Cheney, em nome da "guerra ao terror". O homem chamado para coordenar esse esforço pediu demissão ontem do governo, o primeiro do alto escalão a deixar a Casa Branca obamista.
É Greg Craig, atual conselheiro legal do presidente, que deve ser substituído no mês que vem por Bob Bauer, que, nos últimos anos, tem atuado como advogado particular do democrata. Segundo relatos publicados nos sites da imprensa local ao longo de ontem, Craig teria sido lento demais ou rápido demais em suas ações, dependendo da fonte.
Onde foi lento demais parece ter sido o ponto que finalmente o derrubou: a demora para tornar possível uma das bases da campanha e uma das primeiras promessas de Obama depois de assumir a Casa Branca, a de que fecharia a prisão militar de Guantánamo em um ano. Hoje, é dado como certo no governo que o prazo de 22 de janeiro de 2010 não será cumprido.
Craig teria sido rápido demais em outras frentes, que se provaram politicamente envenenadas. Foi o caso da decisão de tornar públicas imagens inéditas de abusos de prisioneiros por soldados americanos, que o governo anunciou e depois teve de recuar, após ouvir da comunidade de inteligência que isso colocaria em risco os militares e minaria mais ainda a imagem do país.
O assessor deixa o governo dias depois de outro integrante anunciar a saída.
É a diretora de comunicações da Casa Branca, Anita Dunn, que ganhou notoriedade ao chamar a Fox News de "braço do Partido Republicano". Ela é mulher de Bauer, que substituirá Craig. (SD)


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