|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Imbróglio acerca de prisão faz Obama perder assessor
DE WASHINGTON
Logo que foi eleito, em novembro do ano passado, Barack
Obama começou a tentar desmontar o arcabouço legal de exceção montado por seu antecessor, o republicano George
W. Bush, e o vice, Dick Cheney,
em nome da "guerra ao terror".
O homem chamado para coordenar esse esforço pediu demissão ontem do governo, o
primeiro do alto escalão a deixar a Casa Branca obamista.
É Greg Craig, atual conselheiro legal do presidente, que
deve ser substituído no mês
que vem por Bob Bauer, que,
nos últimos anos, tem atuado
como advogado particular do
democrata. Segundo relatos
publicados nos sites da imprensa local ao longo de ontem,
Craig teria sido lento demais ou
rápido demais em suas ações,
dependendo da fonte.
Onde foi lento demais parece
ter sido o ponto que finalmente
o derrubou: a demora para tornar possível uma das bases da
campanha e uma das primeiras
promessas de Obama depois de
assumir a Casa Branca, a de que
fecharia a prisão militar de
Guantánamo em um ano. Hoje,
é dado como certo no governo
que o prazo de 22 de janeiro de
2010 não será cumprido.
Craig teria sido rápido demais em outras frentes, que se
provaram politicamente envenenadas. Foi o caso da decisão
de tornar públicas imagens inéditas de abusos de prisioneiros
por soldados americanos, que o
governo anunciou e depois teve
de recuar, após ouvir da comunidade de inteligência que isso
colocaria em risco os militares
e minaria mais ainda a imagem
do país.
O assessor deixa o governo
dias depois de outro integrante
anunciar a saída.
É a diretora de comunicações
da Casa Branca, Anita Dunn,
que ganhou notoriedade ao
chamar a Fox News de "braço
do Partido Republicano". Ela é
mulher de Bauer, que substituirá Craig.
(SD)
Texto Anterior: Mentor do 11 de Setembro será julgado em Nova York Próximo Texto: Terror: Serviço de inteligência do Paquistão é alvo de atentado Índice
|