São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Ativista é filha de líder da independência

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Aung San Suu Kyi notabilizou-se como expoente da oposição há 22 anos, quando retornou ao país para cuidar da mãe doente.
Filha de um dos líderes do movimento que culminou na independência da ex-colônia britânica, em 1948, Suu Kyi foi educada nas melhores escolas de Yangun -a maior cidade do país-, estudou na Índia, onde sua mãe foi embaixadora, e no Reino Unido.
Neste país, conheceu o seu marido, o britânico Michael Aris, com quem teve os seus dois filhos.
Por ser descendente de um prócer da independência, Suu Kyi inflamou o movimento pró-democracia, duramente reprimido, e ajudou a fundar a Liga Nacional pela Democracia (LND).
Em 1989, a ativista foi presa pela primeira vez para não poder participar das eleições gerais do ano seguinte, as primeiras no país desde 1962.
O pleito seria vencido pela LND, mas a vitória não foi reconhecida pelos líderes do governo militar, que mantiveram Suu Kyi encarcerada.
Em 1991, já reconhecida internacionalmente, a ativista pró-democracia foi agraciada com o Nobel da Paz devido à sua "contribuição não violenta à democracia e aos direitos humanos".
Suu Kyi foi libertada do seu primeiro período na prisão em 1995, quando voltou a atuar politicamente e a liderar manifestações.
Seu marido morreu em 1999, apenas um ano antes de Suu Kyi voltar a ser colocada sob prisão domiciliar.
Dois anos depois, nova libertação, e em 2003, nova prisão. Confinada em casa, assistiu às maiores manifestações opositoras desde 1988, desta vez lideradas por monges budistas, e à passagem do tufão "Nargis" pelo país, quando mais de 100 mil pessoas morreram.
Em maio do ano passado, Suu Kyi deveria ter sido solta pela terceira vez, mas a invasão de sua casa por um ativista americano que nadou até o local deu o pretexto ao governo para que o seu cárcere fosse estendido por 18 meses.
Em março deste ano, as primeiras eleições gerais desde 1990 foram anunciadas pelo regime como parte de uma prometida transição ao governo civil. Suu Kyi, no entanto, opôs-se ao processo.


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