São Paulo, domingo, 14 de novembro de 2010

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Fracassa tentativa de acordo entre China e Japão

Líderes se reuniram para tratar de ilhas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Líderes de Japão e China reuniram-se ontem em Yokohama, ao sul de Tóquio, para tentar chegar a um acordo sobre a posse de ilhas na região do oceano Pacífico que divide os dois países.
Não houve acordo entre os rivais, no entanto.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, manifestou ao presidente chinês, Hu Jintao, "posição firme" de seu país sobre as ilhas, administradas por Tóquio, mas reivindicadas por Pequim.
Para os japoneses, elas são as ilhas Senkaku, enquanto os chineses as conhecem como Diaoyu.
"O primeiro-ministro Kan manifestou a posição firme do Japão a propósito das ilhas", disse o porta-voz-adjunto do governo japonês, Tetsuro Fukuyama.
"O presidente Hu também expressou a posição da China", continuou Fukuyama.
As ilhas se transformaram em um ponto sério de atrito diplomático entre os dois gigantes asiáticos.
Milhares de manifestantes agitando bandeiras japonesas fizeram um protesto antes do encontro.
Em setembro, autoridades marítimas japonesas prenderam o capitão de um barco de pesca chinês após ele ter colidido com duas embarcações de patrulha japonesas, perto das ilhas sob disputa.

INDENIZAÇÃO
O Japão soltou o prisioneiro, mas Pequim exigiu um pedido de desculpas e compensação financeira.
Os japoneses responderam pedindo indenização por avarias nos seus barcos. O incidente levou a diversas manifestações em cidades chinesas.
Apesar do clima de tensão, o encontro de ontem teve como objetivo tentar abaixar a temperatura da disputa.
"As duas partes acertaram que relações de longo prazo, estáveis e de mútuo proveito são importantes para o desenvolvimento pacífico da região", afirmou Fukuyama.
Do lado chinês, um comunicado do Ministério das Relações Exteriores afirmou que a reunião, embora inconclusiva, foi realizada dentro de um espírito de "paz, amizade e cooperação".
"China e Japão fizeram a escolha certa ao se reunir, para manter os interesses fundamentais dos dois países", disse o comunicado do governo chinês.


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