São Paulo, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

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Novos mísseis do Líbano indicam aposta perigosa do Hizbollah

DO ENVIADO A SDEROT

Pela segunda vez desde o início da ofensiva em Gaza, mísseis foram disparados ontem do Líbano contra o norte de Israel, revivendo o temor de uma segunda frente de guerra.
Assim como ocorreu há uma semana, não houve vítimas, Israel minimizou o ocorrido, e o grupo xiita Hizbollah negou envolvimento. Seguindo o mesmo roteiro, o governo libanês condenou os disparos, e a suspeita voltou a recair sobre grupos palestinos que atuam no sul do Líbano, embora nenhum tenha se pronunciado.
Mas a distância entre "um evento menor", na descrição de Israel, e o início de uma nova guerra não é grande -a história está repleta de exemplos. Neste caso, depende dos danos causados. Na quinta passada, o míssil caiu num asilo em Naharia, e só houve feridos leves por acaso.
Os disparos de ontem atingiram uma área aberta perto de Kiryat Shmona, causando poucos danos. Analistas observam que no momento é conveniente para Israel ignorar que o sul do Líbano, de onde partiram os mísseis, continua dominado pelo Hizbollah, apesar da presença de forças da ONU na região como parte do acordo que encerrou a guerra de 2006.
Logo após os ataques de ontem, a aviação israelense respondeu com bombardeios pontuais, também seguindo o mesmo script do primeiro ato. Questionada pela Folha, a porta-voz militar Avital Leibovitch negou que a repetição do incidente indique um enfraquecimento do poder de dissuasão do Exército israelense.
"Trata-se de um evento menor, e acreditamos que o Hizbollah foi fortemente dissuadido [de nos atacar] desde a Guerra do Líbano." A porta-voz se negou a dizer se Israel irá considerar o governo libanês ou o Hizbollah responsáveis se houver mais ataques e se a reação seria outra se houvesse vítimas: "Não é relevante agora estabelecer limites, pois a fronteira norte está calma". (MN)


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