São Paulo, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

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Médicos e israelenses ecoam reprovações da ONU à crise

DA REDAÇÃO

No dia em que foi divulgado que o número de palestinos mortos na ofensiva israelense sobre a faixa de Gaza ultrapassou mil, entidades de defesa de direitos humanos palestinas e israelenses e a tradicional revista médica inglesa "The Lancet" engrossaram as críticas que órgãos da ONU têm destinado aos ataques.
O editorial da edição da "Lancet" publicada ontem exorta a classe médica a se posicionar em defesa dos civis prejudicados pelos conflitos.
A publicação registrou também um abaixo-assinado subscrito por 753 estudantes de medicina ao redor do mundo que expressam "ultraje diante dos brutais ataques israelenses e o subsequente desastre humanitário que ocorre em Gaza".
O manifesto é assinado também por cidadãos israelenses -e esses não foram os únicos habitantes do país protagonista da invasão a criticarem publicamente os ataques.
Nove entidades defensoras de direitos humanos israelenses pediram ontem uma investigação para apurar se os militares cometeram crimes de guerra nos 19 dias da ofensiva.
As organizações condenaram o "inédito" dano à população civil, o "descuidado uso de força letal" e as "óbvias violações das leis de guerra".
Mais cedo, uma ONG palestina entregara a autoridades do Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia (Holanda), um pedido para investigar "mortes e ferimentos de centenas de palestinos, incluindo mulheres e crianças". E logo teve resposta.
O escritório da Promotoria do órgão emitiu nota em que alega não ter jurisdição para investigar a situação de Gaza no momento. A exemplo dos EUA (e diferentemente do Brasil e de outras 107 nações), Israel está entre os países que não reconhecem o TPI.


Com agências internacionais e "Independent"


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