São Paulo, quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

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Europa freia acordo, e Bolívia corta suas relações com Israel

UE congela plano de ampliar diálogo econômico e político com israelenses porque o momento não seria "apropriado"

Crescem as iniciativas de rejeição internacional à ofensiva em Gaza; La Paz e Caracas querem dirigentes israelenses julgados no TPI

DA REDAÇÃO

A União Europeia freou ontem seu plano de aumentar as relações econômicas e diplomáticas com Israel, em mais um sinal de rejeição internacional à ofensiva em Gaza.
O chefe da Comissão Europeia para Israel, Ramiro Cibrian-Uzal, disse que não era "apropriado" incrementar relações bilaterais num momento em que o país "usa seus meios militares de forma dramática em Gaza". Ele ressaltou que não se tratava de uma sanção e que Israel concordou com o freio nas relações.
A ideia da UE, anunciada em dezembro, era reforçar o diálogo político com Israel, incluir o país em seus programas e agências e integrá-lo ao seu mercado econômico.
O fato aponta às consequências políticas e diplomáticas para Israel da ofensiva em Gaza, que está comprometendo as relações com aliados cruciais, como a Turquia, e com os poucos Estados árabes com que os israelenses têm conversas diplomáticas, como a Jordânia.
A Bolívia rompeu relações diplomáticas com Israel, em "solidariedade à população palestina", anunciou ontem o presidente Evo Morales. Estreito aliado de Morales, o governo venezuelano também rompeu ontem os laços diplomáticos com o país, oito dias após expulsar de Caracas o embaixador israelense, em retaliação à ofensiva contra a faixa de Gaza.
Morales disse que apresentará uma acusação por genocídio contra o premiê israelense, Ehud Olmert, e seu gabinete ao Tribunal Penal Internacional. A Chancelaria venezuela afirmou, em sua nota de rompimento com Israel, que insistirá para que "os crimes contra a humanidade cometidos pelos líderes" sejam levados ao TPI e "não descansará até que sejam severamente punidos".
Como os EUA e a China, Israel não integra o TPI.


Com agências internacionais e o "Financial Times"


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