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Hillary manterá tropas no Iraque se eleita presidente
Pré-candidata democrata diz que força seria usada para combater a Al Qaeda
Senadora afirma que soldados remanescentes não ficariam na "guerra urbana", mas zelariam por interesses vitais dos EUA
DO "NEW YORK TIMES"
A ex-primeira-dama e senadora Hillary Clinton, pré-candidata democrata à Presidência
dos EUA, disse que, se chegar à
Casa Branca, manterá no Iraque uma força militar reduzida,
mas significativa, destinada a
combater a Al Qaeda, deter o
Irã, proteger os curdos e apoiar
os militares iraquianos.
Em entrevista ontem ao
"New York Times", Hillary disse que a força ficaria fora das
ruas em Bagdá e não tentaria
proteger os iraquianos da violência interna.
Ao descrever como lidaria
com o Iraque como comandante-em-chefe, a senadora passou
uma posição com mais nuances
do que a que exibe nos eventos
da campanha eleitoral, quando
tem apoiado o objetivo de "trazer os soldados para casa".
Ela disse que "persistirão interesses vitais de segurança nacional [dos EUA] no Iraque"
que vão requerer a presença de
tropas americanas. A segurança dos EUA, disse, seria minada
se partes do Iraque se tornassem um Estado falido que "serviria de alimento para insurgentes da Al Qaeda".
"[O Iraque] fica no coração
da região petrolífera. [A desintegração do país] está em oposição direta aos nossos interesses, aos interesses de Israel. Por
isso acredito que caberá a mim
decidir como proteger esses interesses de segurança nacional
e, ao mesmo tempo, tirar nossos soldados da guerra urbana."
Os planos da pré-candidata
implicam riscos políticos. Ela
tem criticado o modo como o
governo Bush administra a
guerra, mas alguns democratas
de esquerda têm profunda desconfianças de suas intenções
no Iraque. A senadora votou
em 2002 pela autorização da
invasão do Iraque e nunca pediu desculpas por isso.
Hillary disse que votará a favor de uma proposta democrata, atualmente em debate no
Senado, que prevê a retirada
das tropas de combate do Iraque até 31 de março de 2008.
Questionada se isso está de
acordo com o que poria em
prática caso eleita, ela disse que
a proposta também prevê a
permanência de "um número
limitado" de soldados para proteger a embaixada americana,
além de assessores para treinar
as forças iraquianas e conduzir
"operações específicas de contraterrorismo".
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