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TURQUIA
Procurador pede cassação de governante "anti-secular"
DA REDAÇÃO
Um procurador federal da
Turquia pediu a interdição
do partido atualmente no
poder em razão de suas atividades supostamente contrárias à laicidade do Estado.
Na mesma petição ele sugere a cassação por cinco
anos do presidente Abdullah
Gul, do primeiro-ministro
Tayyip Erdogan e de outros
69 dirigentes políticos.
Observadores acreditam
que os mandatos do presidente e do premiê não correrem risco. Mas o episódio reflete tensões entre meios religiosos e seculares da Turquia, desencadeadas pela
emenda constitucional do
governo que em fevereiro
permitiu às estudantes universitárias cobrir a cabeça
com o véu islâmico.
Embora o Partido da Justiça e Desenvolvimento -conhecido pela sigla AK- seja
muçulmano, seus dirigentes
apóiam o Estado laico, instituído pelo presidente Kemal
Ataturk (1923-1938).
Para o procurador Abdurrahman Yalcinkaya, no entanto, o AK "é o foco de atividades anti-seculares". Nas
eleições do ano passado, ele
recebeu 46% dos votos.
O presidente Gul, em viagem ao Senegal, afirmou que
seu partido não tem nada a
temer. O primeiro-ministro
Erdogan convocou uma reunião de emergência das lideranças partidárias.
Um analista político, Ozgur Altug, disse que a petição
do procurador fará com que
cresçam os fatores de risco
da Turquia, afastando investidores externos.
Com agências internacionais
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