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Obama cai em pesquisa após discurso sobre "amargura"
DA REDAÇÃO
A pré-candidata democrata
Hillary Clinton parece ter tido
sucesso nos ataques contra o rival, Barack Obama, por seus comentários sobre a "amargura"
de eleitores de cidades pequenas. No último fim de semana,
ela viu sua vantagem em intenção de voto para as prévias da
Pensilvânia (no dia 22) chegar a
20 pontos, segundo o instituto
American Research Group.
De acordo com a pesquisa,
realizada entre 11 e 13 de abril,
Hillary tem hoje 57% da preferência no Estado, contra 37%
de Obama. No levantamento
anterior do instituto, entre 5 e 6
de abril, os dois pré-candidatos
democratas estavam empatados, com 45% cada. A margem
de erro é de quatro pontos percentuais para qualquer direção.
A controvérsia começou
quando foi divulgado, na última
sexta-feira (11), que Obama
afirmou em um discurso recente que pessoas em cidades pequenas da Pensilvânia e do
Meio-Oeste estão "amarguradas" e se voltam para religião,
armas ou xenofobia para expressar frustração econômica.
Além de Hillary, o virtual
candidato republicano John
McCain classificou o comentário de elitista ontem.
Já o ideólogo neoconservador William Kristol, em coluna
para o "New York Times", comparou a fala à descrição de Karl
Marx sobre religião -que seria
"o ópio do povo". "Mas uma
coisa é um pensador alemão dizer que "religião é o suspiro do
oprimido", e outra é um candidato à Presidência alegar que
"apelamos para a religião" por
frustração econômica", diz ele.
Para Kristol, o comentário de
Obama foi cínico, pois ele próprio se define como religioso.
Obama, aliás, participou com
Hillary no último domingo de
um fórum sobre religião em
uma universidade na Pensilvânia, no qual eles tentaram mostrar como a fé os afeta. Questionados no evento, ambos defenderam o direito ao aborto.
Com agências internacionais
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