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Sindicatos dos EUA apoiam imigrantes
Federações anunciam endosso a reforma de Obama que prevê legalização de trabalhadores irregulares no país
Líderes no entanto pedem comissão que determine o número de estrangeiros a terem entrada admitida nos Estados Unidos a cada ano
DO "NEW YORK TIMES"
As duas grandes federações
sindicais dos Estados Unidos,
AFL-CIO e Change to Win,
chegaram a um acordo para
unir forças pela primeira vez
em apoio a uma reforma do sistema de imigração, anunciaram líderes de ambas as organizações.
Em 2007, quando o Congresso considerou um pacote
abrangente de leis de reforma
da imigração pela última vez, as
duas federações não conseguiram chegar a um acordo. A reforma não foi aprovada.
O acordo atual endossa a legalização da situação de imigrantes que já estejam nos
EUA, mas se opõe a qualquer
novo programa de larga escala
para permitir que empregadores tragam trabalhadores imigrantes ao país -ideia apoiada
pelo setor empresarial que utiliza mão de obra sazonal.
"Só vai haver essa chance de
reformar as leis de imigração.
Como parte do compromisso
que permitiria a legalização, será preciso expandir o programa
de trabalhadores temporários",
disse Randel Johnson, vice-presidente da Câmara do Comércio para questões trabalhistas.
Quando funcionários do governo Obama anunciaram que
ele planejava aprovar no Congresso este ano um projeto de
lei de imigração que incluiria
um sistema de regularização da
situação legal dos 12 milhões de
imigrantes irregulares que se
estima vivam nos EUA, os oponentes criticaram essa abordagem como uma anistia a pessoas que violaram as leis.
"Em meio a uma crise econômica, os norte-americanos não
podem arcar com novas perdas
de empregos para os imigrantes", disse o deputado Steve
King, republicano de Iowa.
No atual acordo, a AFL-CIO e
a Change to Win apelaram pela
administração de futuros trabalhadores imigrantes por
meio de uma comissão nacional. A comissão determinaria
quantos trabalhadores estrangeiros seriam admitidos nos
Estados Unidos a cada ano, em
caráter permanente e temporário, com base na demanda do
mercado de trabalho do país.
Os dirigentes sindicais confiam
em que o resultado seria uma
redução na entrada de trabalhadores imigrantes em momentos de alto desemprego,
como o atual.
Milhares de trabalhadores
agrícolas e outros, de baixos salários, vêm aos EUA por meio
de programas sazonais para
trabalho temporário. Muitos
sindicatos se opõem a esses
programas porque os trabalhadores ficam vinculados a um
empregador e não podem mudar de emprego, o que segundo
os líderes sindicais ajuda a rebaixar as condições gerais de
trabalho no país.
Os sindicatos avaliam que,
dada a presença de mais de 7
milhões de imigrantes irregulares já ativos no mercado de trabalho, legalizar a situação deles
representaria a maneira mais
efetiva de garantir as leis trabalhistas que protegem todos os
trabalhadores.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
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