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Na Colômbia, Corte pede prisão de senadores por ligação com "páras"
Cinco congressistas e 15 políticos são acusados de assinar acordo com as AUC
DA REDAÇÃO
Agravando a crise no governo
Álvaro Uribe, a Suprema Corte
de Justiça da Colômbia pediu
ontem a captura de 20 políticos
-entre eles cinco congressistas
e vários ex-deputados- acusados de manter laços com chefes
do grupo paramilitar Autodefesas Unidas da Colômbia,
(AUC). Ontem, ao menos sete
dos acusados foram detidos.
Dos cinco congressistas procurados, quatro são aliados do
governo. O escândalo já derrubara em fevereiro a chanceler
Maria Consuelo Araújo -irmã
de um senador preso com outros cinco congressistas também por seus laços com os "páras". Além disso, as suspeitas fizeram de Uribe um alvo de críticas em seu país e de democratas nos EUA -o presidente tenta aprovar um tratado de livre
comércio com os EUA.
Uma das supostas envolvidas
nessa nova fase do escândalo é
a ex-representante da Câmara
Eleonora Pineda, uma das
maiores defensoras do diálogo
de paz com as AUC, que conduziu ao desarmamento de 31 mil
paramilitares. As AUC, de extrema direita, são acusadas de
matar 9.000 pessoas ao longo
de duas décadas de luta contra
as guerrilhas de esquerda.
Os congressistas são acusados de assinar um pacto para
"refundar a pátria", com as
AUC, em 2001. O pacto, conhecido como acordo de Ralito, foi
formalizado por trinta políticos, entre eles onze congressistas, e dez chefes das AUC. O documento foi revelado em 2006
por Miguel de la Espriella, senador que confessou sua participação no acordo e desatou o
escândalo da "parapolítica".
O presidente da Suprema
Corte, Alfredo Gómez, e o procurador-geral Mario Iguarán
afirmaram que os políticos que
assinaram o acordo de Ralito
atuaram voluntariamente.
As acusações mostram que as
AUC pressionaram os eleitores
de suas zonas de influência para que políticos ligados ao grupo fossem eleitos. Em entrevistas na semana passada, o vice-presidente, Francisco Santos,
afirmou que 34 congressistas
poderiam ser detidos devido a
implicações no escândalo.
Com agências internacionais
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