São Paulo, domingo, 15 de maio de 2011

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Diretor do FMI é preso em Nova York

Francês Dominique Strauss-Kahn é acusado de atacar sexualmente empregada do hotel em que se hospedava

Político, que já havia se envolvido em escândalo em 2008, é cotado para disputar Presidência da França no ano que vem

ÁLVARO FAGUNDES
DE NOVA YORK

O diretor-gerente do FMI, o francês Dominique Strauss-Kahn, 62, foi preso ontem em Nova York acusado de atacar sexualmente uma funcionária de um hotel na cidade.
O dirigente foi retirado pelos policiais da primeira classe do voo da companhia aérea Air France que ia para Paris minutos antes da sua decolagem. Ele iria se encontrar hoje com a chanceler (premiê) alemã, Angela Merkel.
Segundo a CNN, quando uma funcionária de 32 anos entrou para limpar o quarto de Strauss-Khan, ele apareceu nu e tentou agarrá-la, mas ela teria escapado e alertado a recepção. O tabloide "New York Post" disse que o francês obrigou a funcionária fazer sexo oral nele.
O dirigente do FMI deixou o hotel antes da chegada da polícia. Poucas horas depois, foi para o aeroporto JFK, em Nova York, mas não está claro com quanta antecedência ele comprou a passagem.
Não é a primeira vez que Strauss-Kahn, casado com a jornalista Anne Sinclair, se vê envolvido em acusações. Em 2008, pouco depois de assumir o FMI, ele admitiu ter tido caso com uma funcionária do organismo, a economista Piroska Nagy, casada com um ex-presidente do Banco Central argentino.

FUTURO POLÍTICO
Apesar do histórico francês de perdoar as escapadas sexuais dos seus políticos (como amantes e famílias secretas), a acusação contra o comandante do FMI é grave e não se sabe como vai afetar as suas pretensões políticas.
Ainda que não tenha anunciado sua candidatura, Strauss-Kahn, que é membro do Partido Socialista, aparece nas pesquisas como o principal rival do presidente Nicolas Sarkozy na eleição presidencial, marcada para abril do ano que vem.
Strauss-Kahn tentou concorrer ao cargo em 2007, mas perdeu a candidatura do Partido Socialista. Meses depois, foi indicado ao FMI, com o apoio do próprio Sarkozy -o que foi visto à época como uma manobra para afastá-lo da disputa presidencial.


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