São Paulo, sexta-feira, 15 de junho de 2007

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IGREJA CATÓLICA

Vaticano quer que fiéis parem de ajudar Anistia Internacional

DA REDAÇÃO

O Vaticano pediu nesta semana aos católicos que parem de fazer doações à Anistia Internacional, devido à alteração da política dessa ONG quanto ao aborto.
A Anistia, que até abril deste ano mantinha uma posição neutra quanto à prática do aborto, passou a apoiá-la em casos de gravidez originada por incesto, abuso ou estupro da gestante, além de ocasiões em que a gravidez leve risco à saúde da mulher.
O cardeal Renato Martino, que chefia o Conselho Pontifício para a Justiça e a Paz, instou em declaração oficial instituições e indivíduos católicos a pararem de ajudar a Anistia Internacional.
A Igreja Católica, que defende a doutrina de que a vida humana se origina na concepção, é contra o aborto em quaisquer circunstâncias.
A Anistia Internacional, que recebeu em 1977 o Nobel da Paz, pronunciou-se ontem sobre o caso. Segundo Kate Gilmore, secretária-geral-assistente da entidade, a mudança de posição quanto ao aborto foi uma resposta à "pandemia de violência contra a mulher". "Se você fica grávida em conseqüência de um estupro, você deve, sem ser forçada, sentir medo ou ser coagida, poder escolher se quer ou não que a gestação prossiga", afirmou Gilmore.
Segundo a OMS, cerca de 45 milhões de gestações não desejadas são interrompidas no mundo todo anualmente.

América Latina
O papa Bento 16 exortou ontem os fiéis latino-americanos a encamparem o espírito de "partilhar os bens" com os mais pobres, dado que há no continente grande desigualdade social e que, não obstante, ele é "rico em recursos naturais".
O papa pediu também que, em face da "secularização e da proliferação de seitas" na América Latina, os católicos devem formar comunidades "unidas na fé" católica.


Com agências internacionais


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