São Paulo, sexta-feira, 15 de julho de 2011

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Atriz comove com relato real da dor da exclusão

Thandie Newton conquista plateia do ciclo de palestras TED falando sobre preconceito

VAGUINALDO MARINHEIRO
ENVIADO ESPECIAL A EDIMBURGO

Em meio a robôs que dançam e cientistas que criam vida em laboratório, duas mulheres que lutaram contra preconceitos emocionaram a plateia do TED, série de conferências sobre inovações que acaba hoje, na Escócia.
A primeira foi a atriz Thandie Newton, de filmes como "Assédio". Filha de um britânico branco e uma zimbabuana negra, foi criada na Inglaterra e, aos 5 anos, era a única criança negra numa escola católica.
"Eu já sabia que não pertencia àquela sociedade", disse. "Quando fui para [a Universidade de] Cambridge estudar antropologia, perguntaram o que define raça e eu disse: a cor da pele. Mas soube que há mais diferenças genéticas entre um negro queniano e outro de Uganda que entre um negro queniano e um branco norueguês."
Apesar disso, a sensação de não pertencer continuou ao longo da vida e ela desenvolveu bulimia e teve de fazer terapia. "Só encontrei a paz ao dançar, ao atuar", disse. Foi aplaudida de pé.
Depois foi a vez de Nadia Al-Sakkaf, editora chefe do "Yemen Times", que teve de assumir o jornal após o assassinato de seu pai, em 2005. "Foi muito difícil. As mulheres no Iêmen quase não têm vida pública, e não conseguia me impor para uma redação composta em sua maioria por homens".
Nadia apoia a luta por democracia em seu país, que já matou centenas. "Vamos ter ainda uns dois ou três anos muito difíceis. Mas depois teremos um país bem melhor." Também foi aplaudida de pé.


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