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São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 2003

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ORIENTE MÉDIO

Jihad Islâmico promete vingança após ação, que ameaça trégua

Israel mata líder terrorista islâmico

DA REDAÇÃO

Um líder terrorista palestino foi morto ontem pelo Exército de Israel na Cisjordânia, provocando promessas de vingança que ameaçam a continuidade de uma trégua anunciada há seis semanas pelos principais grupos terroristas palestinos. O palestino morto, do grupo extremista Jihad Islâmico, era acusado de preparar um atentado contra Israel.
A trégua, mantida apesar de ações esporádicas, como os dois atentados suicidas que mataram dois israelenses na terça-feira e ações de Israel em áreas palestinas, é considerada fundamental para o futuro do novo plano de paz patrocinado pelos EUA.
O plano, que prevê o estabelecimento de um Estado palestino independente até 2005, exige que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) desmantele os grupos terroristas. Uma nova onda de violência, incluindo ações do Exército que mataram dois militante do grupo terrorista Hamas, na semana passada, vem ofuscando as iniciativas de paz.
Apesar do aumento da tensão, o chefe da segurança palestina, Mohammed Dahlan, se reuniu ontem com o ministro da Defesa de Israel, Shaul Mofaz. A rádio do Exército disse que a reunião foi inconclusiva, mas o governo israelense disse que as negociações devem seguir nos próximos dias.
Israel pretende libertar hoje cerca de 80 prisioneiros palestinos presos por crimes como roubo de carro ou imigração ilegal. A soltura, prevista inicialmente para a terça-feira, foi adiada em razão dos atentados terroristas.
O governo de Israel diz que a libertação dos prisioneiros é um gesto de boa vontade, mas os palestinos dizem que não é suficiente. Eles exigem uma anistia para todos os cerca de 6.000 palestinos mantidos presos em Israel.
O terrorista palestino morto ontem foi acusado pelo Exército de Israel de estar por trás de ataques que mataram 19 israelenses e dois observadores estrangeiros e de planejar um ataque com um carro-bomba. Mohammad Seder, um líder local do braço armado do Jihad Islâmico, foi cercado pelos soldados israelenses em uma casa em Hebron, na Cisjordânia.
Segundo o Exército, Seder teria respondido com tiros às ordens de rendição e, quando os soldados atiraram, teria ocorrido uma explosão. Seu corpo teria sido retirado dos escombros com uma metralhadora em suas mãos.
"A resposta a esse assassinato será rápida, como um terremoto, e no fundo da entidade sionista [Israel]", disse um comunicado do Jihad Islâmico na internet.


Com agências internacionais

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