|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ORIENTE MÉDIO
Jihad Islâmico promete vingança após ação, que ameaça trégua
Israel mata líder terrorista islâmico
DA REDAÇÃO
Um líder terrorista palestino foi
morto ontem pelo Exército de Israel na Cisjordânia, provocando
promessas de vingança que
ameaçam a continuidade de uma
trégua anunciada há seis semanas
pelos principais grupos terroristas palestinos. O palestino morto,
do grupo extremista Jihad Islâmico, era acusado de preparar um
atentado contra Israel.
A trégua, mantida apesar de
ações esporádicas, como os dois
atentados suicidas que mataram
dois israelenses na terça-feira e
ações de Israel em áreas palestinas, é considerada fundamental
para o futuro do novo plano de
paz patrocinado pelos EUA.
O plano, que prevê o estabelecimento de um Estado palestino independente até 2005, exige que a
Autoridade Nacional Palestina
(ANP) desmantele os grupos terroristas. Uma nova onda de violência, incluindo ações do Exército que mataram dois militante do
grupo terrorista Hamas, na semana passada, vem ofuscando as iniciativas de paz.
Apesar do aumento da tensão, o
chefe da segurança palestina, Mohammed Dahlan, se reuniu ontem com o ministro da Defesa de
Israel, Shaul Mofaz. A rádio do
Exército disse que a reunião foi
inconclusiva, mas o governo israelense disse que as negociações
devem seguir nos próximos dias.
Israel pretende libertar hoje cerca de 80 prisioneiros palestinos
presos por crimes como roubo de
carro ou imigração ilegal. A soltura, prevista inicialmente para a
terça-feira, foi adiada em razão
dos atentados terroristas.
O governo de Israel diz que a libertação dos prisioneiros é um
gesto de boa vontade, mas os palestinos dizem que não é suficiente. Eles exigem uma anistia para
todos os cerca de 6.000 palestinos
mantidos presos em Israel.
O terrorista palestino morto ontem foi acusado pelo Exército de
Israel de estar por trás de ataques
que mataram 19 israelenses e dois
observadores estrangeiros e de
planejar um ataque com um carro-bomba. Mohammad Seder,
um líder local do braço armado
do Jihad Islâmico, foi cercado pelos soldados israelenses em uma
casa em Hebron, na Cisjordânia.
Segundo o Exército, Seder teria
respondido com tiros às ordens
de rendição e, quando os soldados atiraram, teria ocorrido uma
explosão. Seu corpo teria sido retirado dos escombros com uma
metralhadora em suas mãos.
"A resposta a esse assassinato
será rápida, como um terremoto,
e no fundo da entidade sionista
[Israel]", disse um comunicado
do Jihad Islâmico na internet.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Libéria: Mais de cem marines desembarcam em Monróvia Próximo Texto: Guerra sem limites: Bush anuncia prisão de líder terrorista Índice
|