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Chávez anunciará hoje reforma constitucional
Venezuelano quer reeleição sempre renovável
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Mesmo envolvido no "escândalo da mala" na vizinha Argentina, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciará hoje a sua esperada proposta de
reforma constitucional. Entre
os pontos mais controvertidos
do projeto estão a reeleição indefinida e um amplo reordenamento territorial do país.
"Amanhã [hoje] começa uma
grande batalha", afirmou Chávez ontem, em entrevista por
telefone a um canal estatal. O
presidente disse que o chamarão de "louco em todos os lugares" porque o projeto trará inovações conceituais, como a
criação de "regiões marítimas".
A reforma constitucional está entre as três novidades mais
importantes do terceiro mandato de Chávez, iniciado em janeiro, ao lado da criação do
PSUV (Partido Socialista Unido da Venezuela) e da Lei Habilitante, aprovada pelo Congresso, que permite ao presidente
legislar por decreto.
O conteúdo da reforma tem
sido anunciado aos poucos nos
últimos meses. Entre as propostas estarão a reeleição sem
limites para presidente, a criação de territórios federais governados por vice-presidentes
nomeados pelo Executivo, novos conceitos de propriedade e
a implantação de uma "economia socialista".
A reforma tem sido duramente atacada pela oposição e
pela Igreja Católica, que acusam Chávez de fazê-la para perpetuar-se no poder e seguir o
modelo cubano. O governo diz
que as críticas são precipitadas.
Para entrar em vigor, a reforma tem de ser aprovada pela
Assembléia -controlada pelo
chavismo- e ratificada em referendo. Chávez espera ter concluído o processo neste ano.
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