São Paulo, segunda-feira, 15 de setembro de 2008

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Brasil pode enviar membros do governo para negociação entre Morales e oposição

SIMONE IGLESIAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil poderá enviar integrantes do governo para ajudar a negociação entre Evo Morales e a oposição. A oferta será feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião da Unasul, marcada para as 15h (16h em Brasília) em Santiago.
A informação é do assessor de assuntos internacionais de Lula, Marco Aurélio Garcia. Oferta semelhante havia sido feita na semana passada, quando o próprio Garcia iria chefiar uma missão a La Paz, mas Morales recusou a oferta. De todo modo, não havia garantias para encontro com os dois lados em conflito naquele momento.
Durante o fim de semana, chanceleres dos países-membros da Unasul trocaram informações sobre a situação na Bolívia e traçaram as linhas gerais para a reunião (ver texto acima). O Brasil quer um texto que afaste qualquer possibilidade de ingerência na Bolívia, mas ainda não há um consenso.
O governo brasileiro não quer tomar nenhuma decisão sem a concordância do governo boliviano e da oposição, posição bem diferente da de Hugo Chávez, que sugeriu a reunião de emergência e já ofereceu a Evo Morales "apoio armado".
Sobre as declarações de Morales feitas sábado, acusando "pistoleiros brasileiros e peruanos" pelo massacre em Pando, onde morreram 25 pessoas na última quinta-feira, Garcia disse não ter causado problemas diplomáticos.
"Não temos nenhum informação concreta do que aconteceu. O fato é que há criminosos em qualquer parte. Não há sentido em fazer comentários porque o criminoso pode ser boliviano, brasileiro ou francês e vai ser criminoso em qualquer lugar do mundo", comentou.


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