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Polícia de Nova York entra em casas para investigar terrorismo
Operação na região do Queens não resulta em prisões, mas há relatos de confisco de celulares
DE NOVA YORK
A polícia de Nova York e o
FBI conduziram buscas em casas na região do Queens na manhã de ontem. As incursões nas
residências fazem parte de uma
investigação sobre terrorismo.
Segundo agências, os agentes
estavam à procura de um suspeito que estava sendo vigiado.
Ninguém foi preso na operação, que envolveu incursões em
pelo menos duas áreas da região do Queens -onde ficam
dois dos principais aeroportos
da área metropolitana de Nova
York (JFK e La Guardia) e onde
residem 2,3 milhões de habitantes.
O "New York Times" relatou
que um dos moradores disse ter
sido algemado e entrevistado
pelos agentes no começo da
manhã e, em seguida, liberado.
Acrescentou que um grupo de
pessoas que passou pela mesma situação teve seus telefones
celulares confiscados.
Conforme o relato de um
agente, as autoridades não detectaram planos de ataque, mas
descobriram um pequeno grupo de pessoas que sustentavam
uma ideologia militar alinhada
com a da Al Qaeda, e suas atividades despertaram suspeita
que motivou a emissão de mandados de busca e apreensão na
noite de domingo.
Não foram encontradas armas que indicassem a ocorrência de um ataque planejado, como bombas. Apesar disso,
agências de notícia relataram
que um oficial não identificado
fez referência à ameaça como
"bastante real" e destacou a necessidade de dar prosseguimento às investigações.
Paul Browne, representante
da polícia de Nova York, afirmou apenas que houve "atividade" no começo da manhã de
ontem no Queens, que envolveu a polícia e agentes do FBI
como parte de uma investigação em curso sobre terrorismo.
Já o porta-voz do escritório
de Nova York do FBI, James
Margolin, afirmou apenas que
"o FBI participou da execução
de uma busca na região do
Queens na manhã de segunda
relacionada a uma investigação
em curso". Ele se recusou a fornecer mais detalhes.
O senador de Nova York
Charles Schumer disse que não
havia perigo iminente e que os
agentes rastreavam ações potencialmente perigosas e que a
ação teve caráter de prevenção.
O representante (deputado
federal) republicano Peter
King disse à ABC News que o
suspeito estava sendo observado e despertou preocupação ao
se encontrar com um grupo de
indivíduos no Queens no fim de
semana passado.
O aniversário de oito anos
dos ataques terroristas de 11 de
Setembro ocorreu na última
sexta-feira, quando uma notícia falsa divulgada pela TV sobre a suposta invasão de um
barco no rio Potomac em Washington assustou a população
-era apenas um treino da
Guarda Costeira.
(JANAINA LAGE)
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