São Paulo, terça-feira, 15 de setembro de 2009

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Polícia de Nova York entra em casas para investigar terrorismo

Operação na região do Queens não resulta em prisões, mas há relatos de confisco de celulares

DE NOVA YORK

A polícia de Nova York e o FBI conduziram buscas em casas na região do Queens na manhã de ontem. As incursões nas residências fazem parte de uma investigação sobre terrorismo. Segundo agências, os agentes estavam à procura de um suspeito que estava sendo vigiado.
Ninguém foi preso na operação, que envolveu incursões em pelo menos duas áreas da região do Queens -onde ficam dois dos principais aeroportos da área metropolitana de Nova York (JFK e La Guardia) e onde residem 2,3 milhões de habitantes.
O "New York Times" relatou que um dos moradores disse ter sido algemado e entrevistado pelos agentes no começo da manhã e, em seguida, liberado. Acrescentou que um grupo de pessoas que passou pela mesma situação teve seus telefones celulares confiscados.
Conforme o relato de um agente, as autoridades não detectaram planos de ataque, mas descobriram um pequeno grupo de pessoas que sustentavam uma ideologia militar alinhada com a da Al Qaeda, e suas atividades despertaram suspeita que motivou a emissão de mandados de busca e apreensão na noite de domingo.
Não foram encontradas armas que indicassem a ocorrência de um ataque planejado, como bombas. Apesar disso, agências de notícia relataram que um oficial não identificado fez referência à ameaça como "bastante real" e destacou a necessidade de dar prosseguimento às investigações.
Paul Browne, representante da polícia de Nova York, afirmou apenas que houve "atividade" no começo da manhã de ontem no Queens, que envolveu a polícia e agentes do FBI como parte de uma investigação em curso sobre terrorismo.
Já o porta-voz do escritório de Nova York do FBI, James Margolin, afirmou apenas que "o FBI participou da execução de uma busca na região do Queens na manhã de segunda relacionada a uma investigação em curso". Ele se recusou a fornecer mais detalhes.
O senador de Nova York Charles Schumer disse que não havia perigo iminente e que os agentes rastreavam ações potencialmente perigosas e que a ação teve caráter de prevenção.
O representante (deputado federal) republicano Peter King disse à ABC News que o suspeito estava sendo observado e despertou preocupação ao se encontrar com um grupo de indivíduos no Queens no fim de semana passado.
O aniversário de oito anos dos ataques terroristas de 11 de Setembro ocorreu na última sexta-feira, quando uma notícia falsa divulgada pela TV sobre a suposta invasão de um barco no rio Potomac em Washington assustou a população -era apenas um treino da Guarda Costeira.
(JANAINA LAGE)


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