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Israel não congelará colônias, diz premiê
Netanyahu afirma que concessão aos EUA se restringirá à extensão dos assentamentos na Cisjordânia
DA REDAÇÃO
O premiê de Israel, Binyamin
Netanyahu, disse ontem que
poderia reduzir a extensão dos
assentamentos israelenses na
Cisjordânia, mas não congelá-los, o que deve desagradar tanto aos EUA como à Autoridade
Palestina, em meio à tentativa
de reviver as negociações de
paz no Oriente Médio -paralisadas desde o fim de 2008.
"Eles [EUA] pediram o congelamento total [das colônias],
e respondemos não", disse Netanyahu à Comissão de Defesa
e Relações Exteriores do Parlamento israelense, segundo um
parlamentar presente, que falou sob condição de anonimato.
"Disse aos americanos que
vamos considerar reduzir a extensão das construções (...) e
por tempo limitado. Mas é necessário um equilíbrio entre
avançar nas negociações e permitir aos habitantes [das colônias] que sigam com sua vida
normal", agregou o premiê.
Netanyahu também disse
que Jerusalém Oriental -reivindicada pelos palestinos-
"não é um assentamento" e que
as construções ali "continuarão
normalmente".
Os EUA têm pressionado Israel pela paralisação das construções na Cisjordânia, uma
exigência dos palestinos para a
criação de um Estado próprio
-norte das negociações desde
1993-, mas rejeitada pela direita israelense, incluindo o
partido de Netanyahu, o Likud.
Na semana passada, Netanyahu havia acenado com a possibilidade de um pacto com os
EUA sobre o tema, enquanto
uma TV local anunciara que o
premiê pretendia congelar por
nove meses novas construções
na Cisjordânia. Na mesma semana, porém, foram aprovadas
455 novas edificações israelenses no território de maioria palestina. E, anteontem, o enviado dos EUA ao Oriente Médio,
George Mitchell, esfriou as expectativas de um acordo, dizendo que as negociações ainda
eram "prematuras".
Hoje, Mitchell tem reuniões
em separado com Netanyahu e
com o presidente palestino,
Mahmoud Abbas, na difícil tentativa de delinear um pacto e
orquestrar encontro entre o israelense e o palestino em paralelo à Assembleia Geral da
ONU, no dia 23, em Nova York.
Somou-se ao impasse um artigo no "New York Times" de
Turki al Faisal, ex-chefe dos
serviços de inteligência da Arábia Saudita, que escreveu que o
reconhecimento regional de Israel só virá após a remoção dos
assentamentos. Ontem, Netanyahu disse que, "enquanto tentamos avançar, o outro lado toma posições extremadas".
Com agências internacionais
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