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Foco
Chávez ameaça reação armada em defesa de Morales e fala com Fidel
Associated Press - 13.out.2007/"Juventud Rebelde"
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Fidel e Chávez em reunião; ontem Fidel falou ao vivo com os cubanos pela 1ª vez desde 2006
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Com direito a participação
ao vivo por telefone de Fidel
Castro, o venezuelano Hugo
Chávez prometeu ontem, no
programa "Alô, Presidente",
um "Vietnã das metralhadoras" na Bolívia caso a oposição derrube Evo Morales.
"Se a oligarquia boliviana
conseguir derrubar Evo ou
assassiná-lo, saibam vocês,
oligarcas da Bolívia, que o governo venezuelano, que os venezuelanos, não vamos ficar
de braços cruzados", disse
Chávez ao pé de uma imensa
estátua em homenagem ao
guerrilheiro Ernesto Che
Guevara em Santa Clara (Cuba), 270 km a leste de Havana.
"Tenham muito cuidado,
porque não seria o Vietnã das
idéias, seria o Vietnã das metralhadoras, o Vietnã da guerra. Saibam disso", continuou,
em alusão à proposta de Che
Guevara de criar "um, dois,
três Vietnãs" contra os Estados Unidos. O programa de
ontem foi uma homenagem
ao guerrilheiro, morto há 40
anos na Bolívia.
Chávez disse que conversou sobre a crise política boliviana com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva durante o
último encontro entre ambos, ocorrido em Manaus no
mês passado. "Disse a Lula:
"Temos de fazer algo para evitar na Bolívia o que já ocorreu
na Venezuela em 2002'", afirmou Chávez, em relação ao
frustrado golpe de Estado que
o afastou do poder por dois
dias. Ele não comentou qual
foi a resposta do brasileiro.
Pouco antes, Chávez manteve uma conversa telefônica
por cerca de uma hora com
Fidel. Foi a primeira vez que o
ditador falou ao vivo aos cubanos desde 26 de julho de
2006, cinco dias antes de ser
internado por problemas de
saúde e de entregar o comando do país ao irmão Raúl.
Em voz baixa, mas clara, Fidel, 81, começou dizendo que
havia se emocionado ao ver
Chávez, minutos antes, cantando "diante dos restos mortais de Che de de seus companheiros de todo o mundo".
O ditador cubano disse que
"o mundo está cheio de Vietnãs diante de um poder tirânico que se exerce sobre o
planeta". Foi complementado por Chávez, que disse que
"o Iraque é o maior deles".
Antes da intervenção por
telefone, foi transmitido um
vídeo de cerca de 15 minutos
resumindo o encontro de
quatro horas entre Fidel e
Chávez, realizado anteontem.
Ainda ontem, Chávez visitaria a cidade cubana de Cienfuegos, onde, segundo ele,
"pré-inaugurará" a reforma
de uma refinaria financiada
parcialmente pela Venezuela.
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