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Jornais deixam de publicar tira sobre o profeta Maomé
Publicações americanas se preocuparam com a reação de seus leitores muçulmanos
DE SÃO PAULO
O "Washington Post" e outros jornais americanos preferiram publicar uma tirinha
de humor antiga do cartunista Wiley Miller na edição do
último domingo em vez da
versão que ele havia desenhado para aquele dia -com
uma referência ao profeta
Maomé.
A informação foi divulgada pelo ombudsman do próprio "Post", Andrew Alexander. Segundo ele, o jornal temia causar polêmica entre os
leitores, mais especificamente entre os muçulmanos.
A tirinha é publicada diariamente por 800 jornais.
Na história "censurada",
Miller desenhou, em um quadrinho só, uma cena bucólica imitando o popular livro
"Onde está o Wally?". Trata-se de um parque onde crianças compram sorvete, bichos
correm e pessoas passeiam.
A "provocação" ficou por
conta da legenda: "Onde está
Maomé?". O profeta não é retratado no desenho.
A maioria dos muçulmanos considera ofensiva qualquer representação gráfica
de Maomé.
O editor do "Washington
Post", Ned Martel, disse que
decidiu não publicar a tirinha no último domingo,
após consultar outros colegas, incluindo o editor executivo, Marcus W. Brauchli,
porque "parecia uma provocação deliberada sem uma
mensagem clara".
O cartunista disse que pretendia satirizar "a mídia se
acovardando de medo de publicar qualquer cartum que
contenha a palavra Maomé",
disse ele ao ombudsman.
FOLHA.com
Veja a tira de Wiley Miller
folha.com.br/mu814830
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