São Paulo, sexta-feira, 15 de novembro de 2002

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ORIENTE MÉDIO

Exército realiza ofensiva terrestre na faixa Gaza e quatro são detidos; membros da ANP e do Hamas entram em choque

Israel prende suposto mentor de ataque contra kibutz

DA REDAÇÃO

Israel disse que prendeu ontem o suposto mentor do atentado contra o kibutz Metzer, no norte do país. A prisão de Mohammed Naifeh aconteceu durante incursão em Nablus (Cisjordânia).
O palestino Sirhan Sirhan, acusado de executar o atentado que matou cinco, está desaparecido. Os dois são membros do grupo extremista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política do líder palestino Iasser Arafat). Na ação em Nablus, um palestino foi morto.
Em comunicado, as Brigadas disseram ontem que irão cessar os ataques em Israel caso os israelenses se retirem das áreas palestinas ocupadas na atual Intifada (levante contra a ocupação israelense).
Porém o grupo ressaltou que continuará com os ataques em assentamentos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Os israelenses realizaram ontem a mais ampla ofensiva por terra na faixa de Gaza nos quase 26 meses de Intifada. Cerca de 30 veículos blindados, amparados por três helicópteros, foram utilizados na operação. Quatro irmãos acusados de fabricar morteiros foram detidos.
Em choques entre integrantes da ANP (Autoridade Nacional Palestina), de Arafat, e do grupo extremista islâmico Hamas na faixa de Gaza, cinco pessoas ficaram feridas. Testemunhas afirmam que agentes da inteligência militar e da polícia naval palestina abriram fogo contra membros mascarados do Hamas que teriam disparado mísseis Qassam em direção ao assentamento de Beit Lahiya.

Sharon e Bibi
O premiê israelense, Ariel Sharon, respondeu ontem às declarações de seu chanceler e ex-premiê, Binyamin "Bibi" Netanyahu, que pediu o exílio de Arafat. "O exílio traria mais prejuízos do que benefícios para Israel", disse Sharon.
O premiê disputa no fim deste mês a indicação para a liderança de seu partido, o Likud. Quem vencer será o primeiro-ministro em caso de vitória do partido nas eleições de janeiro. O Likud é favorito, segundo pesquisas.
Já o favorito para receber a indicação do Partido Trabalhista de acordo com pesquisas, Amram Mitzna, disse que, se for premiê, retomará o diálogo com a ANP.


Com agências internacionais


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