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ORIENTE MÉDIO
Exército realiza ofensiva terrestre na faixa Gaza e quatro são detidos; membros da ANP e do Hamas entram em choque
Israel prende suposto mentor de ataque contra kibutz
DA REDAÇÃO
Israel disse que prendeu ontem
o suposto mentor do atentado
contra o kibutz Metzer, no norte
do país. A prisão de Mohammed
Naifeh aconteceu durante incursão em Nablus (Cisjordânia).
O palestino Sirhan Sirhan, acusado de executar o atentado que
matou cinco, está desaparecido.
Os dois são membros do grupo
extremista Brigadas dos Mártires
de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política do líder palestino Iasser Arafat). Na ação em Nablus,
um palestino foi morto.
Em comunicado, as Brigadas
disseram ontem que irão cessar os
ataques em Israel caso os israelenses se retirem das áreas palestinas
ocupadas na atual Intifada (levante contra a ocupação israelense).
Porém o grupo ressaltou que
continuará com os ataques em assentamentos judaicos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Os israelenses realizaram ontem a mais ampla ofensiva por
terra na faixa de Gaza nos quase
26 meses de Intifada. Cerca de 30
veículos blindados, amparados
por três helicópteros, foram utilizados na operação. Quatro irmãos acusados de fabricar morteiros foram detidos.
Em choques entre integrantes
da ANP (Autoridade Nacional
Palestina), de Arafat, e do grupo
extremista islâmico Hamas na faixa de Gaza, cinco pessoas ficaram
feridas. Testemunhas afirmam
que agentes da inteligência militar
e da polícia naval palestina abriram fogo contra membros mascarados do Hamas que teriam disparado mísseis Qassam em direção ao assentamento de Beit Lahiya.
Sharon e Bibi
O premiê israelense, Ariel Sharon, respondeu ontem às declarações de seu chanceler e ex-premiê,
Binyamin "Bibi" Netanyahu, que
pediu o exílio de Arafat. "O exílio
traria mais prejuízos do que benefícios para Israel", disse Sharon.
O premiê disputa no fim deste
mês a indicação para a liderança
de seu partido, o Likud. Quem
vencer será o primeiro-ministro
em caso de vitória do partido nas
eleições de janeiro. O Likud é favorito, segundo pesquisas.
Já o favorito para receber a indicação do Partido Trabalhista de
acordo com pesquisas, Amram
Mitzna, disse que, se for premiê,
retomará o diálogo com a ANP.
Com agências internacionais
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