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COLÔMBIA
Calotes causam mais duas mortes, e Uribe faz mea-culpa
DA REDAÇÃO
Mais duas pessoas morreram na Colômbia depois do calote em massa promovido pelas investidoras "pirâmides", que quebraram e levaram consigo cerca de R$ 2 bilhões em depósitos, em geral de pessoas de baixa renda.
Um homem se suicidou ao descobrir que o dinheiro da venda da sua casa foi perdido no calote. Outro foi assassinado porque um policial, namorado de sua filha, guardou dinheiro de uma das investidoras em sua casa. Anteontem, em meio a uma onda de protestos, um funcionário público havia sido morto ao ser confundido com um empregado da DRFE (Dinheiro Rápido, Fácil e Vivo, em espanhol), a maior "pirâmide", que operava R$ 390 milhões.
O presidente Álvaro Uribe reconheceu a culpa do governo no episódio e pediu que os colombianos não depositem mais nas investidoras. "O governo terá de encontrar maneiras para recuperar os depósitos dos colombianos pobres", declarou. "A fantasia arruinou muitas pessoas."
As cerca de 200 "pirâmides" colombianas atribuíram sua quebra à crise econômica e estão agora sob investigação da polícia, que suspeita que o negócio lavasse dinheiro do narcotráfico.
Elas atraíam pequenos investidores ao prometer rentabilidade de até 150% e trabalhavam com dinheiro vivo, sem registrar suas operações. A atividade não era aprovada pelo governo, mas tampouco era considerada ilegal.
Com agências internacionais
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