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SUCESSÃO NOS EUA / DEPARTAMENTO DE ESTADO
Hillary é cotada para ser chanceler
Ex-adversária nas primárias se encontrou com Obama na quinta, mas se negou a confirmar rumores
Aliado afirma que trânsito de ex-primeira-dama com líderes mundiais é trunfo; Kerry, que projetou Obama, também postula cargo
Nathaniel Brooks/"The New York Times"
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Hillary cumprimenta platéia de discurso em Albany; além do Departamento de Estado, ela também é cotada para ocupar Saúde
SÉRGIO DÁVILA
DE WASHINGTON
A ex-primeira-dama Hillary
Clinton teve que adiar seus planos presidenciais, mas parece
não ter desistido de voltar à Casa Branca. Nem que seja como
membro do gabinete do presidente eleito Barack Obama: a
senadora e ex-pré-candidata
democrata é o mais recente nome a aparecer na bolsa de apostas de Washington para liderar
o Departamento de Estado.
O rumor ganhou força depois
de vir a público o encontro que
os dois tiveram na quinta, em
Chicago. "Não vou especular
sobre nada a respeito do gabinete do presidente eleito", disse ela ontem, após discurso em
Albany, capital de Nova York.
"Vou respeitar seu processo, e
qualquer pergunta deve ser dirigida a seu time de transição."
Esse se recusa a comentar.
Em entrevista recente à FoxNews, a ex-primeira-dama havia dito que não se interessava
em ser indicada para uma vaga
na Suprema Corte e dizia que
achava pouco provável que voltasse a concorrer à Presidência
em 2012 ou que disputasse o
posto de líder no Senado, três
das opções mais costumeiramente associadas a seu nome
nas últimas semanas.
Falava-se ainda do cargo de
secretária da Saúde, no qual poderia finalmente implantar seu
plano de saúde pública, o que
tentou fazer como primeira-dama. Logo após Obama conquistar a candidatura, especulava-se que sua ex-rival, com
mais de 18 milhões de votos nas
prévias partidárias, seria candidata natural ao posto de vice
-que acabou com Joe Biden.
Jon Corzine, governador de
Nova Jersey, disse que Hillary
seria perfeita para a posição.
"Ela já conhece a maior parte
dos líderes estrangeiros, com
quem já tem uma relação na
qual pode sentar-se e falar diretamente sobre os problemas
que existem tanto bilateral
quanto multilateralmente."
Hillary entra assim num time seleto de não-diplomatas
apontados como possíveis escolhas de Obama, composto pelo senador John Kerry, de Massachusetts, e o governador Bill
Richardson, do Novo México.
Kerry, candidato derrotado
por Bush em 2004, foi o primeiro cacique democrata a dar
chance de exposição nacional a
Obama, ao convidá-lo a fazer
discurso de destaque na convenção do partido em 2004; foi
também dos primeiros a apoiar
sua candidatura, em 2007.
Já Richardson, de ascendência mexicana, traria diversidade ao gabinete e pagaria a dívida de Obama com os eleitores
latinos, que o ajudaram a vencer em Estados-chave.
Correndo por fora, estão
clintonistas como Anthony Lake, ex-assessor de Segurança
Nacional, e Richard Holbrooke,
ex-enviado à ONU, e os senadores republicanos moderados
Chuck Hagel e Richard Lugar.
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