São Paulo, segunda-feira, 15 de novembro de 2010

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Israel avalia nova moratória de assentamentos na Cisjordânia

Congelamento de colônias resultaria em incentivos dos EUA

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, apresentou ontem a seu gabinete um pacote de incentivos oferecido pelos EUA em troca de o país decretar moratória de 90 dias na construção de colônias na Cisjordânia.
O objetivo é tentar reatar as negociações de paz com a ANP (Autoridade Nacional Palestina).
Embora Netanyahu não tenha declarado publicamente seu apoio à proposta, ao menos um membro do seu partido, o Likud (direita), afirmou que o premiê defende a medida e buscará sua aprovação.
As conversas de paz, retomadas no começo de setembro sob mediação dos EUA após quase dois anos congeladas, estão num impasse há quase dois meses.
Na época, expirou a moratória de dez meses para construções em colônias judaicas anunciada no ano passado por Israel.
A medida é uma condição imposta pelo presidente da ANP, Mahmoud Abbas, para a continuidade do diálogo.
Mas a ANP quer também moratória na construção de colônias na parte oriental de Jerusalém, algo que não está contemplado na proposta.
O pacote oferecido pelos EUA ao aliado foi delineado durante a visita realizada por Netanyahu a Washington, na semana passada.
Entre os pontos apresentados pelos EUA estão negócios militares e proteção diplomática contra eventuais ações "anti-Israel" na ONU.
Netanyahu afirmou a seus ministros que a proposta ainda não tem seus contornos finais e que, quando eles estiverem concluídos, vai submetê-la aos membros do governo para aprovação.
A expectativa é que a proposta de extensão do congelamento seja submetida na próxima quarta-feira ao Gabinete de Segurança do governo israelense, onde deve enfrentar oposição de membros linha-dura da coalizão.
"Toda proposta considerará as nossas necessidades de segurança imediatas e da próxima década", disse Netanyahu, segundo relatos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse ser "auspiciosa" a intenção de Israel de considerar a aprovação por 90 dias da moratória de construções nas colônias judaicas na Cisjordânia.


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